Eleito deputado federal pelo Rio, Marco Antônio Cabral (PMDB) teve 47% de sua campanha financiada por empresas que tiveram contrato com o governo do Rio ou incentivos fiscais durante a gestão de seu pai, o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), afirmou nesta quarta-feira (5) o site da revista Veja.
O levantamento foi feito pela publicação com base na prestação de contas entregue pelo candidato ao TSE na última terça-feira (4).
Marco Antônio foi o nono deputado federal mais bem votado do Rio, com 119.584 votos. Com isso, ajudou a bancada fluminense de seu partido a conquistar oito cadeiras na Câmara.
De acordo com o site da revista, Marco Antônio arrecadou, durante a campanha, R$ 6,79 milhões — sendo que R$ 3,17 milhões foram doados por empresas que, juntas, receberam R$ 33 bilhões do Estado.
O deputado eleito, ainda segundo a publicação, também recebeu doações de fornecedores da Petrobras investigados na operação Lava-Jato. A Queiroz Galvão contribuiu com R$ 500 mil e a Andrade Gutierrez, com R$ 200 mil. De acordo com depoimento de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, as duas empresas fecharam contratos superfaturados com a estatal para desviar dinheiro para partidos políticos.
Cabral, o pai, chegou a ser citado em depoimento de Costa.