Antônio Palocci, ex-ministro da Fazenda e da Casal Civil nos governos Lula e Dilma, deixa o IML (Instituto Médico Legal) de Curitiba (PR) nesta segunda-feira (26) após ser preso na 35ª fase da Operação Lava Jato
Rodolfo Buhrer/26.09.2016/Reuters
O ex-ministro seria o responsável pela gestão de R$ 128 milhões destinados ao PT e seus agentes, incluindo ele próprio
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As investigações que envolvem o ex-ministro apontam que ele tratava com a empreiteira Odebrecht a liberação de recursos ilegais em troca de favorecimentos
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A PF (Polícia Federal) deflagrou a 35ª fase fase da Operação Lava Jato na manhã desta segunda-feira (26). Ao todo, foram expedidos 45 mandados judiciais, sendo 27 de busca e apreensão, três de prisão temporária e 15 de condução coercitiva. A operação acontece em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal
Entre os detidos está o ex-ministro Antonio Palocci. Além do ex-ministro, outros dois assessores de Palocci também foram presos: Juscelino Dourado e Branislav Kontic. As prisões são temporárias
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Palocci foi detido em seu apartamento, que fica na região dos Jardins, bairro nobre da capital paulista. Buscas também foram cumpridas em seu escritório
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O ex-ministro foi levado para a sede da PF em São Paulo, na zona oeste. Por volta das 12h ele deixou o local e deve ser encaminhada para a superintendência da PF em Curitiba ainda nesta segunda-feira
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Nesta fase são investigados indícios de uma relação criminosa de Palocci com o comando da Odebrecht. Segundo a PF, o investigado principal atuou diretamente como intermediário do PT e a empreiteira
Marcos Bezerra/Futura Press/Estadão Conteúdo
As investigações que envolvem o ex-ministro na Operação Lava Jato apontam que ele tratava com a empreiteira Odebrecht assuntos atinentes a pelo menos quatro diferentes esferas da administração pública federal: a obtenção de contratos com a Petrobras relativamente a sondas do pré-sal; a medida provisória destinada a conceder benefícios tributários ao grupo econômico Odebrecht (MP 460/2009); negócios envolvendo programa de desenvolvimento de submarino nuclear - PROSUB; e financiamento do BNDES para obras a serem realizadas em Angola
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De acordo com informações de planilha apreendida durante a operação, foi identificado que entre 2008 e o final de 2013, foram pagos mais de R$ 128 milhões ao PT e seus agentes, incluindo Palocci. Remanesceu, ainda, em outubro de 2013, um saldo de propina de R$ 70 milhões, valores estes que eram destinados também ao ex-ministro para que ele os gerisse no interesse do Partido dos Trabalhadores
Marcos Bezerra/Futura Press/Estadão Conteúdo
As investigações apontam também que parte do dinheiro de propina seria destinado para a aquisição de um terreno para construção de prédio do Instituto Lula. Uma planilha se referia ao local como “Prédio IL”. A negociação, de acordo com outros documentos encontrados, teria sido feita com o ex-ministro Palocci
Marcos Bezerra/Futura Press/Estadão Conteúdo
O nome da operação, Omertà (do latim humilitas; "humildade"), faz referência ao termo da língua napolitana que define um código de honra de organizações mafiosas do Sul da Itália. Em todo o mundo, a palavra define a principal lei das organizações criminosas