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O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, confirmou nesta quarta-feira (29) que seu filho Miguel, nascido um dia antes, tem a síndrome de Down. Por meio da sua conta no Facebook, o presidenciável agradeceu o apoio que recebeu e comemorou a chegada: "você chegou na família certa!"; veja, nas próximas imagens, outros políticos que têm filhos especiais e que se tornaram militantes dos direitos de pessoas com essa condição
Divulgação/Facebook
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Nesta quarta-feira, Campos foi ao seu perfil no Facebook para agradecer “a todos que nos mandaram tantas lindas mensagens pela chegada do nosso Miguel”.
— Hoje, os médicos confirmaram o que já estava pré-diagnosticado há algum tempo. Miguel, entre outras características que o fazem muito especial, chegou com a Síndrome de Down. Seja bem-vindo, querido Miguel. Como disse seu irmão, você chegou na família certa! Agora, todos nós vamos crescer com muito amor, sempre ao seu lado. Eduardo, Renata, João, Maria Eduarda, Pedro e José.Reprodução/Facebook
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O mais famoso militante da causa dos portadores de síndrome de Down no Congresso Nacional definitivamente é o deputado federal Romário (PSB-RJ). Pai de Ivy, de sete anos, Romário milita na área desde antes de se tornar político e disse, em março do ano passado, durante o Dia Internacional da Síndrome de Down, que “a lei garante a plena inclusão dessas pessoas no ensino regular, embora algumas famílias prefiram o ensino especial” (saiba mais sobre a síndrome de Down)
J.Humberto / AgNews
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Para Romário, que aparece na foto prestigiando a apresentação de jazz da filha Ivy, “um dos maiores problemas, ainda hoje, é o preconceito”.
— Por isso, faço campanha para mostrar como o estímulo correto pode garantir a essas pessoas uma vida normal. Elas podem trabalhar, estudar, namorar e tudo mais que uma pessoa fazReprodução/Facebook
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Segundo o deputado, um dos problemas graves é a resistência das escolas em aceitar alunos com a síndrome de Down. Romário lamenta que isso resulte na judicialização do problema: pais e mães recorrem ao Ministério Público para terem o direito garantido
Roberto Stuckert Filho/PR
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Em novembro de 2011, o governo federal lançou, com a presença de Romário e do senador Lindbergh Faria (PT-RJ), que também tem uma filha com a síndrome de Down, o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o Viver sem Limite, que reúne ações estratégicas em educação, saúde, cidadania e acessibilidade. A presidente Dilma Rousseff chorou no início da cerimônia realizada no Palácio do Planalto ao comentar as presenças das filhas do deputado Romário e de Lindbergh, Beatriz
Roberto Stuckert Filho/PR
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Em discurso no Plenário no Dia da Síndrome de Down, 21 de março, no ano passado, o senador Lindbergh agradeceu a todos os participantes da solenidade realizada pelo Senado e pela Câmara para celebrar a data. Pai de Beatriz, portadora da condição, o petista garantiu que não há nada de triste na situação
Pedro França /Agência Senado
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Segundo Lindbergh, “ter uma filha com síndrome de Down não é problema nenhum”.
— É uma alegria, é uma maravilha, é a melhor coisa do mundo! Não troco minha filha por nada.
Na ocasião, o senador informou que a data internacional foi aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas depois de articulação do governo e parlamentares brasileiros. Ele explicou que a síndrome de Down é uma alteração genética caracterizada pela trissomia do 21º cromossomo humano, por isso a escolha do dia 21 do terceiro mês de cada ano para a comemoraçãoDida Sampaio/18.02.2013/Estadão Conteúdo
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O parlamentar petista disse, no dia 21 de março de 2013, que outra conquista do movimento Down foi a criação de um protocolo de saúde específico para portadores da síndrome, principalmente para recém-nascidos.
— Infelizmente, muitas crianças morrem porque os profissionais de saúde não sabem de todos os procedimentos que devem ser tomados, por exemplo, no nascimento. Sessenta por cento das crianças que nascem com síndrome de Down têm problemas cardíacos e nessa hora tem que ser feito o ecocardiogramaPedro França/15.10.2013/Agência Senado
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Pelo menos seis propostas que asseguram direitos a portadores da síndrome de Down tramitam atualmente no Congresso Nacional: uma no Senado e cinco na Câmara dos Deputados, de acordo com levantamento feito pela Agência Brasil
Reprodução/ Rede Record
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As propostas vão desde a reserva de vagas em concursos públicos para esse grupo à isenção de Imposto de Renda. Há também uma proposta que prevê o pagamento de pensão por morte no caso de pessoas com a síndrome e outra que estabelece a realização de ecocardiograma para recém-nascidos portadores da alteração
Crédito: Getty Images
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Falecido no dia 2 de dezembro do ano passado, o ex-governador de Sergipe Marcelo Déda (PT) deixou, entre seus cinco filhos, Mateus, portador da síndrome de Down. Durante sua posse como governador, em 2011, o petista chorou ao dedicar o momento ao filho mais novo, que nasceu prematuramente
Reprodução/Youtube
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Na ocasião da posse, Déda, que aparece em post no Twitter ao lado do filho na imagem, disse que aquele era “um momento de vitória, mas também de superação na pessoa do anjo que Deus nos deu”.
— Não sou Abraão, nem você [a esposa Eliane] é Sara, mas talvez não esperávamos mais filho pois quatro já eram suficientes, mas veio Mateus, precocemente, de sete meses, passou 20 dias na UTI, sem saber o que eram mais grossos, se os fios dos aparelhos ou os seus bracinhosReprodução/Twitter
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Ao discursar na posse, Déda, que, junto com Romário, passou a militar a favor dos portadores de síndrome de Down, disse, chorando, que “Mateus é uma inspiração e vamos criar o Centro de Referência, uma obra pelo bem de todos os amiguinhos com síndrome de Down, de todos os Mateus que nascem em Sergipe e não possuem recursos”
Reprodução/Twitter