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Aproximadamente, 600 mil brasileiros voltaram às ruas neste domingo (16) em todas as capitais do País para protestar contra o governo. As manifestações, organizadas pelos movimentos Brasil Livre, Vem pra Rua e Revoltados On Line aconteceram, no total, em cerca de 200 cidades
Eduardo Enomoto/R7
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Em São Paulo (foto), 350 mil se reuniram na avenida Paulista no maior protesto do País que durou até as 17h
Edu Enomoto/ R7
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Na capital federal, os manifestantes caminharam em direção ao Congresso Nacional durante o protesto contra o governo
Charles Sholl/Futura Press/Estadão Conteúdo
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No início da manhã, já havia concentração de manifestantes em Brasília e em algumas capitais brasileiras, como Recife (foto), Belém, Maceió e Belo Horizonte
Peu Ricardo/Estadão Conteúdo
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O ato conta com a organização de diversos grupos, como os movimentos Vem pra Rua, Brasil Livre, Grupo Vergonha e Minas Sem PT
Thaís Mota/R7
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Marcada para as 9h30, a marcha em Brasília rumo ao Congresso Nacional começou por volta das 11h
Joel Rodrigues/Frame/Estadão Conteúdo
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Os manifestantes que chegavam à Esplanada precisavam passar por um dos quatro bloqueios da Polícia Militar, que fazia revista em bolsas e mochilas
André Borges /Frame/Estadão Conteúdo
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Mastros de bandeiras, fogos de artifício, máscaras, garrafas de vidro e objetos cortantes foram recolhidos pela polícia
Charles Sholl/Futura Press/Estadão Conteúdo
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Uma faixa de 800 metros foi estendida no chão no local da concentração para ser usada durante a marcha ao Congresso Nacional
Carol Oliveira/R7
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Na concentração em Brasília, dois carros de som ajudavam a organizar a marcha
Carol Oliveira/R7
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A PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal) recomendou que se evitasse levar objetos de valor e que se evitasse o consumo de bebidas alcoólicas. Na área reservada para o protesto foi proibida a entrada de garrafas de vidro e objetos cortantes
Charles Sholl/Futura Press/Estadão Conteúdo
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Os protestos tentam aumentar a pressão sobre o Palácio do Planalto, em meio às investigações da Operação Lava Jato e ao julgamento das contas do governo pelo TCU (Tribunal de Contas da União)
Charles Sholl/Futura Press/Estadão Conteúdo
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Até este sábado (15), mais de 270 cidades estavam confirmadas no ciclo de protestos, segundo o grupo Vem pra Rua, que convoca a manifestação
Charles Sholl/Futura Press/Estadão Conteúdo
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Em Recife, os manifestantes se reuniram na avenida Boa Viagem
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Estadão Conteúdo
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Em Belo Horizonte, o grupo de pessoas começou a se concentrar por volta de 9h, na praça da Liberdade, região centro-sul da cidade
Thaís Mota/R7
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Pouco antes do início da marcha, houve tumulto entre fiscais da prefeitura e vendedores ambulantes da capital mineira. O ambulante Vanderlei Rodrigues de Oliveira e seu sobrinho, Fábio Henrique Lima, alegaram ter sido agredidos pelos funcionários da prefeitura. Eles vendiam água e cerveja de forma irregular no local.
— É porque eu estou trabalhando. Eu sei que é ilegal, mas eu sou metalúrgico e estou desempregado e tenho uma família pra sustentar.
Oliveira disse ainda ter sido cercado por, aproximadamente, 30 fiscais e agredido com um rádio comunicador. Ele ficou com um ferimento na cabeça. Já o sobrinho dele foi levado preso pela PMThaís Mota/R7
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Os fiscais chegaram a tentar apreender bandeiras do Brasil, que estariam sendo vendidas por alguns manifestantes, mas os demais integrantes do protesto impediram que o material fosse levado. O engenheiro civil Maurício Vidal alegou que os itens não estavam sendo vendidos. No entanto, eles pediam uma contribuição aos interessados.
— Não há venda oficial. O que a gente pede é uma contribuição simbólica, porque esse material foi produzido com dinheiro particular. Não tem nenhum partido por trás dissoThaís Mota/R7
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O engenheiro agrônomo Rui Ferrari, de 74 anos, levou a família toda, inclusive o cachorro, Dingo, para a praça da Liberdade.
— Minha insatisfação é principalmente a corrupção. Se a política fosse conduzida com honestidade tudo daria certo. E eu acho que a Dilma tem que sair porque 73% da população não quer que ela fiqueThaís Mota/R7
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O advogado Leonardo Vilela Antunes, de 32 anos, também levou os pets da casa para protestar. Eles foram caracterizados com lenços da bandeira do Brasil.
— Minha queixa é a mesma de todos que estão aqui, ou seja, é a política q o PT está fazendo no Brasil. Desde o Governo Lula que o Brasil está só piorando e com a Dilma foi o estopim. Acho q começou com o mensalão e agora a população não está mais aguentando e resolveu sair às ruas. Eu quero uma mudança geral, uma investigação séria como já está acontecendo e apoio o impeachment da Dilma. Essa é a terceira manifestação que eu participo e todos na minha casa também apoiam
Thaís Mota/R7
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A advogada Ana Lúcia Viana, de 50 anos, saiu desfilando pelo Bloco dos Indignados de Santa Tereza fantasiada de Dilma em uma roupa de mandioca.
— A ideia é criar uma charge viva para trazer os jovens para o movimento porque precisamos de mais decência nesse País. Se o dinheiro da educação e saúde estivessem sendo aplicados corretamente e não na mão desses políticos, talvez tivéssemos um país melhor. E este é um movimento apartidárioThaís Mota/R7
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Diante dos protestos, a presidente decidiu permanecer em Brasília neste fim de semana acompanhada por ministros do núcleo da coordenação política para monitorar as manifestações
Peu Ricardo/Estadão Conteúdo
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No Rio de Janeiro, os manifestantes começaram a chegar ao posto 5 da praia de Copacabana por volta das 10h20
Bruna Oliveira/R7
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A caminhada partiu em direção ao Leme
Bruna Oliveira/R7
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Na praia de Copacabana, havia cartazes críticos quanto à posição do governo federal em relação ao aborto e à redução da maioridade penal
Ricardo Moraes/Reuters
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Quatro carros de som foram posicionados no local e a passeata começou com os manifestantes cantando o Hino Nacional
Bruna Oliveira/R7
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O deputado estadual Flávio Bolsonaro marcou presença no ato do Rio de Janeiro e falou sobre o protesto.
— Hoje estou aqui como cidadão que está indignado com o descaso do dinheiro público. Quero um Brasil melhorBruna Oliveira/R7
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Lorraine Alves, coordenadora do movimento Brasil Livre, fala da importância do ato.
— Eu acho que a pressão da população é tudo. Acredito que essa manifestação já é maior do que a do dia 15 de março.
Lideranças que organizaram o protesto avaliam que entre 200 e 500 mil pessoas aderiram ao ato no Rio de JaneiroWilton Junior/Estadão Conteúdo
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Em São Paulo, manifestantes se concentraram na região da avenida Paulista
Paulo Lopes/Futura Press/Estadão Conteúdo
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Muitos manifestantes pintam o rosto com as cores da bandeira nacional
Paulo Lopes/Futura Press/Estadão Conteúdo
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Às 13h, a avenida Paulista estava totalmente bloqueada, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), na altura das ruas Teixeira da Silva e da rua da Consolação
J. Duran Machfee/Estadão Conteúdo
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A via precisou ser fechada nos dois sentidos
Edu Enomoto/ R7
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A CET informou que não é possível acessar a avenida Paulista de carro, mas três cruzamentos foram mantidos e o motorista consegue atravessar a via pelas ruas Bela Cintra, Brigadeiro e Augusta
Paulo Whitaker/Reuters
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A ambulante Kedna Passos da Silva, de 30 anos, aproveitou o público "mais endinheirado" para levar produtos que considera mais sofisticados, como a bebida ice. Porém, Kedna diz que a cerveja é a bebida que sai mais. Questionada se ela era a favor do impeachment, a ambulantes diz que não, mas volta atrás depois da reportagem explicar o que a palavra significava
Caroline Apple/ R7
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O ator Alexandre Frota foi às ruas para protestar
Caroline Apple/ R7
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O movimento Vem pra Rua deixou os vendedores de cornetas desconcertados. O grupo levou 22 mil vuvuzelas para distribuir gratuitamente
Caroline Apple/ R7
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Os participantes da manifestação cantaram diversas músicas famosas durante o ato, como Vem pra Rua, do Rappa, e Que País é Esse, da Legião Urbana
Caroline Apple/ R7
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Em Salvador, a manifestação contou com cerca de 5.000 participantes, de acordo com a Polícia Militar. O protesto começou depois das 10h, quando os manifestantes saíram do Porto da Barra em direção ao Farol
Divulgação/MBL
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O protesto estava marcado para começar às 9h, mas atrasou devido aos equívocos de informações quanto ao local da concentração. Nas redes sociais, alguns movimentos anunciaram que a concentração aconteceria no Farol e outros no Porto
Divulgação/MBL
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Com camisas do Brasil e gritos de ordem, os manifestantes aceitaram a convocação feita pelos movimentos sociais, na internet, e uma onda de patriotismo invadiu a Barra
Juari Lima
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Sob sol forte, os manifestantes caminharam em direção ao Farol, onde chegaram por volta das 11h. O grupo permaneceu concentrado no ponto turístico e estendeu um “bandeirão” amarelo
Juari Lima
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O protesto na capital baiana transcorreu de maneira pacífica, sem nenhuma intercorrência
Juari Lima
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O senador Aécio Neves (PSDB) provocou euforia ao participar da manifestação contra o governo Dilma na manhã deste domingo (16), na praça da Liberdade, na região centro-sul de Belo Horizonte. Ele chegou pela av. Brasil, deu uma volta em parte da praça e aproveitou para dizer poucas palavras, afirmando que estava no ato "como cidadão e não como político".
— Nós vemos hoje um país cidadão, onde as pessoas têm o direito e até mesmo o dever de participar da construção de seu próprio destinoThaís Mota/R7
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Acompanhado dos deputados Marcos Pestana, Sávio Souza Cruz e João Leite, ele ressaltou que estava "muito feliz" em participar do ato e que acredita que "o Brasil vai encontrar seu caminho".
— As pessoas despertaram e qualquer governante vai ter que conviver com este tipo de cobrança. Pela força de sua gente, pelas manifestações que estão ocorrendo hoje, a indignação do brasileiro é enorme, mas o Brasil é mais forte que tudo isso, nós vamos superar esta dificuldadeThaís Mota/R7
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Após a manhã de concentração na praça da Liberdade, na região centro-sul de Belo Horizonte, aproximadamente 10 mil pessoas saíram em passeata pela av. Cristóvão Colombo, em direção à praça da Savassi
Thaís Mota/R7
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A manifestação contra o governo Dilma começou por volta de 10h e chegou a contar com a presença do senador Aécio Neves (PSDB)
Thaís Mota/R7
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Um funcionário público foi hostilizado durante manifestação no Rio de Janeiro. O homem, que não quis se identificar, afirmou ter gritado “viva” e “democracia” antes de ser agredido fisicamente
Bruna Oliveira/ R7
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O homem disse que é de Recife (PE), mas mora no Rio. Ele foi retirado do local e escoltado pela Polícia Militar até um táxi. Também houve um princípio de tumulto em frente ao Copacabana Palace. O protesto terminou por volta das 14h50
Bruna Oliveira/ R7