O general do Exército José Luiz Jaborandy Júnior, comandante da Minustah (Força Militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti), morreu neste domingo (30) aos 57 anos, durante um voo de volta ao Brasil. O militar iria passar alguns dias de folga com a família.
Segundo informações da família, Jaborandy sofreu um infarto ainda dentro do avião, a caminho de Manaus, onde conheceria a neta, nascida há poucos meses. Em seguida, o general participaria de uma festa de aniversário de um parente em Maceió.
O general recebeu os primeiros atendimentos ainda a bordo do voo que havia saído de Miami (EUA). A aeronave retornou a Miami e ele seguiu para um hospital local, onde foi confirmado o óbito.
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O brasileiro estava no Exército desde 1976 e assumiu a Minustah em março do ano passado. Antes de atuar no Haiti, Jaborandy comandou a 8ª Região Militar, em Belém. Ele foi ainda observador militar do Grupo de Observação das Nações Unidas na América Central, em 1991, e da Missão de Observação das Nações Unidas em El Salvador, em 1992.
Segundo comandante morto
A morte de Jaborandy não é o primeiro caso de um líder brasileiro da Minustah a morrer no período em que servia no Haiti. Em janeiro de 2006, o general Urano Teixeira da Mata Bacelar foi encontrado morto em seu quarto no Pétionville's deluxe Montana Hotel, em Porto Príncipe, capital do Haiti. A versão oficial é a de que o general teria cometido suicídio. Porém, dados divulgados pelo WikiLeaks apontaram para uma eventual mudança na causa da morte.
O corpo do general da Mata foi encontrado de cueca na sacada do seu apartamento, com um livro sobre o colo. Também não foi encontrada cápsula de bala próxima do corpo. Investigações também apontaram que o ferimento não coincidia com o calibre da arma do brasileiro. Suspeitou-se à epoca de que ele teria sido morto por um atirador de elite, mas, alguns dias depois, confirmou-se a versão do suicídio.