O governo deve reavaliar a concessão do aeroporto de Congonhas no PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), segundo o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Em nota à imprensa, o Ministério afirma se que Infraero não tiver as receitas de Congonhas, perderia a sustentabilidade financeira, já que é o aeroporto mais lucrativo para a empresa.
O aeroporto de Congonhas, assim como outras companhias que fazem parte do programa, seria leiloado em 2018. Em agosto deste ano, o governo federal informou sobre a concessão e privatização de empresas como Congonhas, a Eletrobras e a Lotex.
Leia a nota na íntegra do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil:
"O ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, apresentou, nesta quinta-feira (19), ao presidente da República, Michel Temer, análises de consultorias independentes e estudos da aviação civil demonstrando que, sem as receitas do aeroporto de Congonhas, a Infraero perde a sustentabilidade financeira. Dessa forma, os outros aeroportos do Sistema Infraero do país poderiam ser inviabilizados. Diante disso, o governo reavalia a concessão de Congonhas seguindo, única e exclusivamente, argumentação técnico-financeira do Ministério, sem interferências políticas externas".
A expectativa do governo era de conseguir cerca de R$ 6 bilhões com as concessões e privatizações do PPI. No entanto, caso Congonhas deixe de fazer parte do programa, o valor será menor, já que o terminal paulista seria responsável por grande parte do valor arrecadado com o leilão.
Como a proposta de incluir Congonhas no PPI enfrenta resistência dentro do próprio governo, principalmente do PR (Partido da República), partido que comanda o Ministério dos Trabalhos desde 2003.