As divisórias colocadas na Esplanada dos Ministérios para separar os grupos pró e contra o impeachment de Dilma Rousseff no domingo (17), que ficaram conhecidas como "muro do impeachment", devem ser utilizadas novamente quando o Senado votar o impedimento da presidente.
Em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (18), o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), avaliou que a estratégia deu certo.
— Colocar a divisória [que separou os grupos no gramado da Esplanada dos Ministérios] foi uma decisão acertada [...] É uma maneira de garantir a livre manifestação dos dois lados de forma segura.
De acordo com o balanço do governo do Distrito Federal, na sexta-feira (15), havia 200 manifestantes em frente ao Congresso Nacional; no sábado, foram 2,4 mil; no domingo, 79 mil pessoas.
O esquema de segurança envolveu 14.330 servidores — 11,5 mil policiais militares, 1,5 mil militares do Corpo de Bombeiros, 1 mil policiais civis e 330 agentes do Departamento de Trânsito — em três dias de protestos, de 15 a 17 de abril.
Ainda segundo o governo do Distrito federal, na área da Esplanada dos Ministérios não houve registro de casos de violência entre manifestantes. Em outros locais, no entanto, foram registrados três casos.
Na madrugada desta segunda, ocorreram duas brigas entre partidários de grupos contrários, na CLS 403 e na SQS 406. No sábado (16), manifestantes dos dois grupos antagônicos entraram em confronto em frente ao Hotel Royal Tulip (Setor de Hotéis de Turismo Norte), devido à presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O governo do Distrito Federal também afirmou que foram feitos 52 atendimentos pelo Samu: dois no sábado e 50 no domingo. Todos estavam relacionados a problemas simples, como desmaios, quedas de pressão ou pequenos acidentes.
Ainda segundo o governo do Distrito Federal, o serviço de Limpeza Urbana (SLU) mobilizou 350 garis — 200 no domingo e 150 na manhã de desta segunda —, que recolheram 10 toneladas de resíduos na Esplanada dos Ministérios.