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Governo estuda ir ao Supremo se perder em comissão do Senado

AGU: Corte ainda não examinou se há razão para impeachment nem 'desvio de poder' de Cunha

Brasil|

Ministro Cardozo disse que vai procurar senadores para explicar razões para evitar o impeachment da presidente Dilma Rousseff
Ministro Cardozo disse que vai procurar senadores para explicar razões para evitar o impeachment da presidente Dilma Rousseff Ministro Cardozo disse que vai procurar senadores para explicar razões para evitar o impeachment da presidente Dilma Rousseff

Sem votos para barrar a deposição da presidente Dilma Rousseff, o governo pretende recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para pedir a nulidade do processo logo que a Comissão Especial do impeachment aprovar o eventual afastamento da petista no Senado, antes mesmo da votação decisiva do plenário.

A AGU (Advocacia-Geral da União) ainda não entrou com recurso contra a decisão da Câmara — que autorizou a abertura do impeachment — para não "banalizar" o expediente. Mas, a partir da primeira manifestação dos senadores, irá à Justiça questionar o mérito do processo.

Embora ministros digam ser possível reverter votos, nos bastidores o comentário no Palácio do Planalto é que Dilma não tem chance nessa primeira etapa do processo no Senado e já estudam estratégias para o julgamento final. Na tarde desta segunda-feira, o plenário do Senado vai eleger os 42 titulares e suplentes da Comissão Especial.

"Eu vou procurar os senadores para explicar nossas razões. Trata-se de uma situação em que não existe crime de responsabilidade contra a presidente", disse o ministro da AGU, José Eduardo Cardozo, que se reuniu no domingo, 24, com Dilma, no Palácio da Alvorada.

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"Os argumentos estão do nosso lado. Se forem discutir crime, sabem que não existe", reforçou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que será titular da comissão.

Cardozo destacou que o Supremo nunca examinou se há justa causa para o impeachment de Dilma nem "desvio de poder" do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), algoz da presidente. O STF, avaliam governistas, não discutiu o mérito do crime propriamente dito, debruçando-se sobre parte dos procedimentos.

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A intenção do governo, agora, é juntar tudo o que considera "atropelo" à lei por parte de Cunha para argumentar que há vícios no processo de impeachment e tentar enterrá-lo.

— Na autorização da denúncia pela Câmara ninguém debateu o crime pela qual a presidente era acusada. Além disso, nas razões dos votos dos parlamentares, houve até quem citasse pedaladas de 2014.

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Cardozo lembrou que o processo de impeachment atual se refere apenas a atos de 2015.

Tribunal

Em outra frente, o governo e o PT planejam criar uma espécie de tribunal internacional paralelo, para acompanhamento do processo com a participação de juristas do mundo inteiro. Lindbergh disse que o tribunal pode reunir 8 mil estudiosos do Direito. "A intenção é desmascarar a fraude e o golpe no País", afirmou.

Os governistas vão questionar formalmente nesta segunda (25) durante a eleição dos integrantes da Comissão Especial, a escolha do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) como relator.

Lembrarão que o tucano, aliado de Aécio Neves (PSDB-MG), é de um partido declaradamente interessado no impeachment de Dilma e que a escolha de relatores teria de respeitar o critério do tamanho das legendas, e não dos blocos partidários.

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