Envolvido numa das maiores crises políticas e econômicas da história recente do País, o governo federal mobilizou nesta terça-feira (28) nada menos que quatro de seus ministros para anunciar um programa que vai testar o fornecimento de bolsas de estudos para 15 mil jovens de 14 a 18 anos.
Eles irão cursar 400 horas de aula e poderão ser contratados por micro e pequenas empresas em 81 cidades consideradas as mais violentas do Brasil, o que incluirá as capitais.
O programa é um desdobramento do Pronatec já existente para adultos e vai custar inicialmente R$ 16 milhões ao MEC (Ministério da Educação), aproximadamente R$ 4 mil por aluno. As empresas que contratrem os jovens aprendizes terão encargos trabalhistas reduzidos.
Os ministros que apresentaram o programa foram o da Educação, Renato Janine Ribeiro, o das Micro e Pequenas Empresas, Guilherme Afif Domingos, o do Trabalho, Manoel Dias e a ministra do Desenvolvimento Social, Teresa Campello.
Pela manhã, os quatro foram convocados pela presidente Dilma Rousseff para uma reunião de trabaho com técnicos, empresários e assessores que articularam o programa sob a coordenação do ministro Afif Domingos.
Segundo ele, o governo quer ampliar o número de jovens empregados ao mesmo tempo em que aposta na qualificação deles. Os registros serão feitos com base no regime celetista e contrato poderá prever uma jornada de quatro a seis horas diárias. Os empresários que aderirem ao programa nas cidades escolhidas para recebê-lo pagarão 2% de FGTS (o nornal seria 8%). O curso pago pelo governo nas escolas técnicas terá duração de no máximo 400 horas.
Para a ministra Teresa Campello, a ação do governo é mais uma iniciativa de inclusão social. Já o ministro do Trabalho, Manoel Dias, afirmou que é preciso construir alternativas para os jovens ao mesmo tempo em que se desafia o problema da capacitação profissional.
A lista de cidades, cursos, ocupações e o contato com as instituições de ensino poderá ser acessada no site da Secretaria das Micro e Pequenas Empresas.