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Grécia ameaça não pagar FMI; Tsipras conversa com autoridades europeias

Brasil|

ATENAS (Reuters) - A Grécia ameaçou não devolver um empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta semana, abrindo caminho para um possível calote, poucas horas antes de seus credores provavelmente apresentarem um ultimato oferecendo fundos a Atenas em troca de reformas econômicas.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, visita Bruxelas ainda nesta quarta-feira para se encontrar com autoridades europeias, quando deve ouvir os termos do plano concebido nesta semana em uma reunião de grandes líderes, incluindo a chanceler alemã, Angela Merkel.

Tsipras pediu aos credores para mostrarem algum “realismo”, dizendo que quer um acordo que permita à Grécia escapar da “asfixia econômica” e colocar um fim nos “cenários apocalípticos”, entre eles a exclusão de seu país da moeda única europeia.

Vendo o tempo acabar, e tentando estabelecer um limite depois de meses de negociações acaloradas, os credores da Grécia bolaram uma oferta do tipo ‘pegar ou largar’.

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Detalhes da proposta –e de uma contraproposta enviada por Atenas no começo desta semana– começaram a emergir nesta quarta-feira. A proposição grega pediu um superávit orçamentário de 0,8 por cento antes do pagamento de juros este ano e 1,5 por cento no ano que vem – próximo da proposta de 1 por cento para 2015 e 2 por cento para 2016 feita pelos credores, disseram à Reuters fontes a par das propostas.

Os credores veem o superávit crescendo gradualmente para

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3,5 por cento em 2018, segundo autoridades da zona do euro. Atenas ofereceu reduzir as aposentadorias precoces para poupar gastos com a previdência, ideia alinhada a propostas anteriores, mas não ficou claro se o governo aceitou qualquer uma das novas concessões exigidas pelos credores nas reformas trabalhista e previdenciária.

A disposição dos credores para reduzir a meta de superávit para níveis abaixo daqueles acordados no programa de resgate financeiro da Grécia representa uma concessão a Atenas. Mas a proposta quase certamente irá conter outros elementos que serão difíceis de aceitar para Tsipras e seu partido, o esquerdista Syriza, eleitos em janeiro com a promessa de encerrar anos de austeridade na Grécia.

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Banida dos mercados de títulos internacionais, a Grécia não recebe nenhum dinheiro de seus principais credores –o FMI, o Banco Central Europeu e os países da zona do euro– desde agosto passado, e seus cofres estão quase vazios.

(Por Karolina Tagaris e Deepa Babington; reportagem adicional de Renee Maltezou e Lefteris Papadimas em Atenas, Ingrid Melander em Paris e Jan Strupczewski em Bruxelas)

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