Em entrevista para detalhar a 26ª fase da Operação, chamada de Xepa, nesta terça-feira (22), a força-tarefa da Lava Jato explicou que os pagamentos de propinas da Odebrecht eram feitos em hotéis e flats.
Os pagamentos eram registrados em planilhas com os nomes das pessoas que deveriam receber o dinheiro e o endereço dos locais onde estavam hospedadas. De acordo com o delegado Márcio Adriano Anselmo, os nomes registrados nas planilhas eram os mesmos de pessoas que estavam nos registros dos hotéis.
Ainda segundo o delegado, as planilhas tinham “anotações bem pequenas” e mostravam uma “infinidade de recebedores” da Odebrecht.
— Pelas planilhas são centenas de recebedores.
Anselmo afirmou, também em coletiva de imprensa, que todos os nomes citados nas planilhas foram objeto de condução coercitiva para esclarecer os pagamentos recebidos.
Já a delegada Renata Silva Rodrigues afirmou que o material apreendido pela Polícia Federal é “bastante vasto e rico em informações”. Ela disse que ele é “suficiente para mostrar o setor que se encarregava desses pagamentos”.
Segundo Renata, as planilhas também mostravam a atuação direta de executivos da Odebrecht. Os registros mostram as pessoas beneficiadas com os pagamentos representadas por codinomes. A delegada disse também que o esquema “era profissionalizado e institucionalizado” na empresa.
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