Favorável a apuração específica na Petrobras, Aécio Neves explicou em Salvador (BA) que CPI é "instrumento para fazer investigações"
DivulgaçãoO presidente do PSDB e possível candidato tucano à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), afirmou nesta segunda-feira (14) em Salvador, na Bahia, que a ida da presidente da Petrobras, Graça Foster, ao Senado é uma “oportunidade” para “prestar esclarecimentos” sobre as suspeitas na petroleira. Graça vai amanhã à Casa conversar com os parlamentares.
Na semana passada, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou parecer do relator Romero Jucá (PMDB-RR) pela criação de uma CPI ampla da Petrobras.
Além das supostas irregularidades em negócios da petroleira, a investigação também recairia sobre a compra de trens em São Paulo e no Distrito Federal e em melhorias no porto de Suape, em Pernambuco. Aécio comentou sobre a importância da investigação na estatal brasileira.
— A CPI, ao contrário do que acha o PT, na verdade, o que eu vejo hoje é um governo federal à beira de um ataque de nervos, quando se fala em CPI da Petrobras. Mas a CPI não tem o poder de, a priori, antecipadamente, julgar e condenar quem quer que seja. Ela é um instrumento, e ela dispõe de instrumentos importantes, para fazer as investigações.
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Contrário a essa apuração ampla, Aécio afirmou que a apuração vai mostrar se houve crimes nos negócios da empresa — a compra de uma refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos, e as relações do ex-diretor Paulo Roberto Costa com o doleiro Alberto Yousseff estão no centro das atenções.
— Se houver delito, se houver alguém que cometeu ilicitudes à frente da empresa, que seja responsabilizado por isso. Mas não estamos pré-julgando. O que queremos, e veja bem, essa CPI teria grande maioria governista, é que as pessoas possam ir lá e explicar o que efetivamente aconteceu para que a Petrobras, que habitava as páginas econômicas, durante os últimos 40 anos do noticiário brasileiro, agora não saia das páginas policiais.