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Inpe: Amazônia tem desmatamento maior para mês de abril desde 2016

Dados mostram 580,55 km² de área desmatada, aumento de 42,5% em relação a abril do ano passado. Março também foi recorde

Brasil|Do R7

Área desmatada da floresta amazônica na região de Porto Velho (RO)
Área desmatada da floresta amazônica na região de Porto Velho (RO) Área desmatada da floresta amazônica na região de Porto Velho (RO)

A Amazônia teve o maior índice de desmatamento para o mês de abril desde o início da série histórica da medição de dados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que começou em 2016. O desmatamento registrado até a última aferição, em 29 de abril, aponta 580,55 km² de desmatamento, superando o índice de abril de 2020, quando foram registrados 407,2 km² de área desmatada.

A alta na comparação com o mesmo mês do ano passado é de 42,5%, de acordo com os dados do sistema Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real), do Inpe. 

Foi o segundo mês seguido de recorde de desmatamento na Amazônia. Em março foram registrados 367,61 km² de área desmata, o maior para o mês em cinco anos.

Dados mostram evolução do desmatamento na Amazônia
Dados mostram evolução do desmatamento na Amazônia Dados mostram evolução do desmatamento na Amazônia

Desmatamento na Amazônia

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abril/2021 - 580,55 km²

abril/2020 - 407,2 km²

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abril/2019 - 247,39 km²

abril/2018 - 489,52 km²

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abril/2017 - 126,85 km²

abril/2016 - 439,92 km²

janeiro a abril/2021 - 1.156,70 km²

janeiro a abril/2020 - 1.204,15 km²

janeiro a abril/2019 - 773,08 km²

janeiro a abril/2018 - 1.175,00 km²

janeiro a abril/2017 - 360,49 km²

janeiro a abril/2016 - 1.083,75 km²

Veja os dados do desmatamento na Amazônia desde 2016
Veja os dados do desmatamento na Amazônia desde 2016 Veja os dados do desmatamento na Amazônia desde 2016

No acumulado do ano, de janeiro a abril, a Amazônia registrou 1.156,70 km² de desmatamento entre 1 e 19 de abril. O maior índice da série histórica ainda é o de 2020, com 1.204,15 km² nesse período.

Compromisso do governo

Em carta enviada ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, no dia 15 de abril, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu a alta de desmatamento na Amazônia e prometeu eliminar o desmatamento ilegal no Brasil até 2030. Ele repetiu a promessa na Cúpula do Clima.

"Salientar essas medidas e resultados não é, para meu governo, um expediente superficial para escusarmo-nos de fazer mais e melhor. A ação do Estado e da sociedade precisam aperfeiçoar-se. Reconheço, por exemplo, que temos diante de nós um desafio de monta, com o aumento das taxas de desmatamento na Amazoônia, que se vem verificando desde 2012", afirmou Bolsonaro.

"Queremos reafirmar nesse ato, em inequívoco apoio aos esforços empreendidos por V. Excelência, o nosso compromisso em eliminar o desmatamento ilegal no Brasil até 2030", acrescentou.

O desmatamento na floresta amazônica brasileira atingiu um pico de 12 anos em 2020, mostraram dados oficiais do governo divulgados pelo Prodes, sistema de cobertura de satélite que dá a estimativa oficial de desmatamento do país.

No período entre agosto de 2019 e julho de 2020, a destruição da maior floresta tropical do mundo aumentou 9,5% em relação ao ano anterior, para 11.088 quilômetros quadrados, de acordo com dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que ainda são considerados prévios.

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