O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta sexta-feira (18) que a Justiça italiana voltará a discutir no próximo dia 28 de outubro o pedido de extradição de Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no julgamento do mensalão. A pena imposta ao ex-dirigente foi de 12 anos e sete meses de prisão.
— Essa sessão do julgamento foi adiada para o dia 28 de outubro a pedido da própria defesa. O Ministério Público da Itália já se pronunciou a favor da extradição. E agora falta o julgamento judicial. Depois de feito isso, haverá então a decisão política do Ministro da Justiça de recambiar ou não o preso para cá.
A decisão de adiar o julgamento ocorreu no último dia 5 de junho pela Corte de Apelações de Bolonha, após os advogados de Pizzolato alegarem falta de provas conclusivas de que os presídios do País são suficientemente seguros, como exige a legislação italiana.
Segundo Rodrigo Janot, um relatório atestando as condições de três presídios brasileiros onde Pizzolato poderá cumprir pena foi encaminhado para conhecimento da Justiça Italiana.
— O relator do processo decidiu que Pizzolato cumpriria pena na Papuda em Brasília. Como o réu também tem direito a cumprir pena próximo ao seu domicílio, pedi para o Ministério da Justiça que indicasse dois presídios em Santa Catarina. Preparamos um dossiê sobre esses presídios de modo a demonstrar que, no cumprimento da pena, não havia ofensa aos direitos humanos.
Até a nova audiência, Pizzolato seguirá preso em Módena.