Principais vítimas da violência e da criminalidade no País, os jovens de 15 a 29 anos representam um quarto da população brasileira. Entre os homens dessa idade, porém, a chance de morrer é quatro vezes maior que o das mulheres da mesma faixa etária.
A constatação está na Síntese de indicadores sociais — Uma análise das condições de vida da população brasileira 2015, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (4).
Em 2014, houve 21,4 mortes de jovens a cada mil habitantes no País. Entre os homens, porém, esse dado sobe para 33,7 mortes e, entre elas, estaciona nas 8,7 mortes por mil pessoas.
A pesquisa do IBGE diz que a “maior incidência de óbitos por causas violentas – principalmente, suicídios, homicídios e acidentes de trânsito — que atingem esse grupo populacional com mais frequência”.
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Além disso, a pesquisa mostra que o risco de morrer precocemente é duas vezes maior no Norte e no Nordeste em comparação com o Sul e o Sudeste.
Na média, a cada mil pessoas, 14,5 morrem no Sudeste quando têm entre 15 e 29 anos. No Sul, esse índice sobe pouco, para 15,7 mortes por mil habitantes. No Nordeste, porém, são 30,1 mortes por mil pessoas e, no Norte, 31,6 óbitos para cada mil habitantes. O Centro-Oeste é um meio-termo, com 22,6 mortes para cada mil pessoas.
Se considerar apenas os homens, houve 48,7 mortes por mil pessoas no Norte em 2014 e 48,5 óbitos, na mesma escala, no Nordeste. Por outro lado, no Sudeste foram 22,3 mortes e, no Sul, 24,5. No Centro-Oeste, houve 35,8 mortes por mil habitantes em 2014 entre os homens.