A Marfrig comunicou que a Polícia Federal cumpre nesta quinta-feira (1º) mandado de busca e apreensão na empresa, em São Paulo, como parte da nova fase da Operação Acrônimo, que investiga irregularidades de campanha e acusações de que o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT) teria recebido propina quando chefiava o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
Em nota, a Marfrig "informa que não tem ou teve qualquer relação com os fatos investigados" e que "está à disposição das autoridades competentes no sentido de colaborar com a investigação em curso". A companhia alimentícia também ressalta que já estava à disposição do Ministério Público e de autoridades judiciais a respeito da questão.
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Também houve buscas na casa do presidente da Cemig, Mauro Borges, em Belo Horizonte, que foi intimado a prestar esclarecimentos e já deixou a sede da Polícia Federal. Borges substituiu Pimentel, em 2014, como ministro do Desenvolvimento no Governo Dilma Rousseff. O advogado do presidente da Cemig não divulgou detalhes do caso.
Em junho, o grupo Marfrig já havia negado ter feito pagamentos à Oli Comunicações, antiga empresa de Carolina de Oliveira, mulher de Pimentel e um dos alvos da Acrônimo. A declaração foi dada após suspeitas de que a Oli Comunicações teria recebido R$ 3,7 milhões entre 2011 e 2014 do frigorífico, do grupo Casino e da Pepper Comunicação, empresa contratada para gerenciar redes sociais da presidente Dilma Rousseff.
À época, a Marfrig disse desconhecer "as investigações mencionadas" e que não poderia "comentar um assunto sobre o qual não tem informação". Na ocasião, a Polícia Federal havia pedido ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para realizar buscas na sede da Marfrig, mas a solicitação foi negada.
O atual governador de Minas Gerais é investigado por receber vantagens indevidas de companhias que mantinham relações com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).