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Marina Silva critica gestão de Dilma, mas se posiciona contra impeachment

Para ex-senadora petista, País é comandado por políticos envolvidos com a gênese da crise

Brasil|

Marina Silva saiu derrotada nas duas últimas eleições presidenciais
Marina Silva saiu derrotada nas duas últimas eleições presidenciais Marina Silva saiu derrotada nas duas últimas eleições presidenciais

A ex-senadora Marina Silva, candidata derrotada na campanha presidencial de 2014, usou, neste sábado (14), o seu perfil em uma rede social para publicar um artigo com várias críticas à gestão da presidente Dilma Rousseff, mas se colocando contra o impeachment.

Marina afirma que a "mudança na equipe econômica parece ser insuficiente para dar ao governo a credibilidade necessária à condução da economia".

A ex-senadora entende que o agravamento de todos os sintomas da crise já é visível, mas defende, ao longo de um extenso artigo denominado "Silêncio se faz para ouvir", que o respeito à democracia ensina a se dar um prazo inicial a todo governo eleito para que se diga a que veio.

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"Sinto que isso vale também quando o escolhido — ou guiado pelas estrelas — recebe da sociedade a cômoda tarefa de suceder a si mesmo", disse a ex-senadora em referência às manifestações contra a presidente Dilma Rousseff, que estão sendo programadas para este domingo (15).

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"Muita gente vai para as ruas protestar. Há uma campanha pedindo o impeachment da presidente que foi eleita há poucos meses. Compreendo a indignação e a revolta, mas não acredito que essa seja a solução. Talvez o resultado não seja o pretendido retorno à ordem, mas um aprofundamento do caos", escreveu a ex-senadora mesmo reconhecendo que a "insatisfação da população vai da desesperança ao desespero".

"A mudança na equipe econômica parece ser insuficiente para dar ao governo a credibilidade necessária à condução da economia. A imagem da situação social é a dos tanques na rua, na Favela da Maré. A enchente gigantesca no Norte e a seca rigorosa no Sudeste denunciam a irresponsabilidade com a agenda ambiental e a falta de planejamento na produção de energia e no saneamento", afirmou Marina.

De acordo com ela, a corrupção revela-se generalizada como um câncer que se espalhou por todos os órgãos.

"Quantos minutos na televisão serão necessários para fazer as pessoas voltarem a acreditar no mundo cor-de-rosa que os 'pessimistas' queriam destruir?", questionou, fazendo referência ao discurso de campanha da presidente Dilma, negando que promoveria arrocho na economia e perda de conquistas trabalhistas.

Marina lembra que, quando o Congresso depôs Fernando Collor, assumiu o vice-presidente Itamar Franco, que formou um governo aglutinando várias forças políticas incluindo a parcela do PT que acompanhou Luíza Erundina.

Em sua gestão, que tinha FHC como Ministro da Fazenda, diz a ex-senadora, começou o Plano Real e a hiperinflação foi finalmente debelada. Mas hoje, continua ela, quem domina as instituições são as parcelas do PMDB mais envolvidas com as práticas e métodos que estão na gênese da crise.

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