Documentos da Justiça americana e do equivalente ao Conselho Tutelar brasileiro nos Estados Unidos, obtidos pela reportagem do R7, revelam que a menina Amy Katrin se queixou do pai em 2010 quando a guarda da criança era compartilhada e ela fazia visitas a Patrick Galvin.
Segundo relato da garota transcrito nos documentos, a menina, que tinha 3 anos, conta que o pai introduziu um dedo em sua vagina e que ela começou a sangrar. Além disso, a menina teria indicado que o pai usou a língua com fins libidinosos durante o abuso.
Ainda de acordo com os documentos, a menina já esteve sob tratamento em centros médicos da Flórida, como o Palm Beach Gardens Medical Center e o St. Mary´s Hospital.
A mãe de Amy, a brasileira Karla Janine Albuquerque, luta para obter a guarda da filha que perdeu depois de fugir com ela para o Texas em 2013.
O ex-marido está numa lista de agressores sexuais no Estados Unidos. Ele já foi processado e condenado por molestar crianças nos anos 90 mas fez acordo pecuniário com a Justiça americana e responde ao processo em liberdade. Apesar do histórico dele, as autoridades americanas concederam a guarda da filha em abril do ano passado.
Além dos relatos feitos às autoridades americanas, a avó da menina, Kátia Albuquerque, disse que a menina já perguntou a colegas na escola se os pais deles faziam com eles o que o pai dela faz com ela. A avó acusa o serviço consular brasileiro na Flórida de ser negligente na busca de uma solução para o caso. O Itamaraty nega.