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Mercosul e Aliança do Pacífico buscam pontos de convergência

Brasil|

Por Fabián Cambero e Antonio De la Jara

SANTIAGO (Reuters) - Os países do Mercosul e da Aliança do Pacífico buscaram nesta segunda-feira acabar com algumas diferenças para tentar dinamizar o comércio dentro da América Latina e fortalecer sua presença global em meio a uma piora nas perspectivas econômicas mundiais.

Ministros das Relações Exteriores e do Comércio dos dois blocos participaram, junto a líderes empresariais e sindicais da América Latina, de uma reunião inédita em Santiago para falar sobre integração, num momento em que as negociações na região se encaminham praticamente para uma estagnação pelo terceiro ano seguido.

A Aliança do Pacífico --que promove a liberalização comercial-- é integrada por Chile, México, Colômbia e Peru. O Mercosul, de perfil mais protecionista, é composto por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Venezuela e Bolívia.

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A presidente chilena, Michelle Bachelet, anfitriã do encontro, tem entre suas prioridades integrar o Chile a outras iniciativas regionais.

"Encontrar a convergência entre dois mecanismos de integração distintos, mas com objetivos similares, precisa ser uma realidade", disse Bachelet na abertura do fórum.

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"Devemos deixar de lado de uma vez por todas esse preconceito de que há dois blocos contrapostos, que não dialogam entre si", acrescentou.

Juntos, o Mercosul e a Aliança do Pacífico representam mais de 80 por cento do comércio exterior da região e mais de 90 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e do fluxo de investimento estrangeiro direto, segundo dados da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal).

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Para os chanceleres reunidos, a chave é buscar pontos em comum entre os blocos e modalidades de acordos específicos em uma região que, apesar da crise internacional, tem conseguido relativa estabilidade e crescimento econômico.

"Esta é uma tentativa de ver de forma objetiva e concreta a possibilidade de convergência entre os países da região", disse o chanceler brasileiro, Luis Alberto Figueiredo.

"Não estamos conversando para colocar pressões, mas sim para compreender muito melhor os caminhos e maneiras de fazer avançar esta ideia de todos nós de uma integração regional", acrescentou.

Ainda que as autoridades tenham admitido que é pouco realista esperar que depois da reunião sejam tomados os primeiros passos para uma convergência tarifária ou regulatória, os ministros afirmaram que há espaço para se conseguir avanços práticos em outras áreas.

Os chanceleres disseram que é possível convergir em temas como mobilidade entre pessoas, cooperação em saúde e infraestrutura, exportação de manufaturas e turismo, e também em áreas como energia, ciência, tecnologia e internacionalização de pequenas e médias empresas para melhorar a competitividade da região.

(Reportagem adicional de Anthony Esposito)

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