Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

'Meu cenário base é que o presidente vai continuar', diz Meirelles

Ministro falou ainda sobre a inflação e as reformas trabalhista e da Previdência

Brasil|

"A reforma da Previdência extrapola esse campo de debates", afirma o ministro da Fazenda Henrique Meirelles
"A reforma da Previdência extrapola esse campo de debates", afirma o ministro da Fazenda Henrique Meirelles "A reforma da Previdência extrapola esse campo de debates", afirma o ministro da Fazenda Henrique Meirelles

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta sexta-feira (26) que trabalha com o cenário de que o presidente da República, Michel Temer, vai cumprir seu mandato e se manter no cargo até o fim de 2018. "Meu cenário base é que o presidente vai continuar", afirmou.

Meirelles fez as afirmações durante o 89º Enic (Encontro Nacional da Indústria da Construção), ao ser questionado sobre a crise política que ameaça a continuidade do governo. "Minha hipótese de trabalho é de continuidade do governo Temer, à medida que o País vai bem e a economia está crescendo. Não vamos aqui ficar discutindo essas questões. O importante é que o País está na rota certa", afirmou.

O ministro disse ainda que o importante é manter a continuidade da agenda de reformas, para ajustar a economia e aumentar a distribuição de renda. "Temos uma tendência, o que é normal, de que, em determinado momento, haja um pessimismo exagerado, que pode levar a decisões equivocadas", comentou. "É importante serenidade e equilíbrio nesse tipo de situação."

Meirelles destacou também a agenda de reformas implantada pelo governo já foi incorporada à agenda nacional. Segundo ele, a reforma previdenciária é uma necessidade e já é vista dessa forma, independentemente de posições contrárias ou favoráveis ao governo.

Publicidade

"A reforma da Previdência extrapola esse campo de debates", afirmou. Sem a reforma, segundo ele, as despesas com Previdência podem chegar a 80% do PIB em alguns anos. "Daqui a pouco, não haverá recursos para pagar mais nada, só para pagar aposentadoria", afirmou. "Estamos longe disso e na hora de fazer a reforma."

Sobre as mudanças na legislação trabalhista, o ministro avaliou como irrelevante o risco de um aumento do processo de "pejotização" do trabalhador. Segundo ele, essa possibilidade é limitada a algumas profissionais e seria inviável em fábricas com milhares de trabalhadores.

Publicidade

O ministro disse ainda que o governo tem condições de identificar empresas que prestem serviços para apenas uma companhia. "Pode-se estabelecer com facilidade uma contribuição previdenciária sobre o faturamento dessa empresa", afirmou. "À medida que isso se configure como tendência, essa distorção pode ser facilmente corrigida."

Meirelles destacou ainda que o IBC-BR (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) mostrou um crescimento de 1,12% no primeiro trimestre deste ano comparativamente ao mesmo período de 2016. "Houve um momento de ajuste no segundo semestre do ano passado, mas, a partir do momento em que começou o crescimento, no primeiro trimestre, começou rápido", afirmou. "Esse crescimento de 1,12% no trimestre é um crescimento anualizado de quase 4,5%. Isso mostra que o Brasil vai crescer e tem capacidade de crescimento, sim."

Publicidade

Inflação

O ministro da Fazenda disse ainda que a queda da inflação permite a redução da taxa básica de juros e o aumento do poder de compra da população. Mesmo a inflação de serviços, de acordo com o ministro, já está em trajetória descendente.

Ele mencionou indicadores como o IBC-BR, segundo o qual já há um crescimento "fortemente positivo" no primeiro trimestre deste ano comparativamente ao último trimestre de 2016. "É importante analisarmos e vermos a trajetória de retomada da economia brasileira, principalmente do fim do ano passado para cá."

Reformas

Segundo Meirelles, com reformas, como a trabalhista e da Previdência e ações microeconômicas, o PIB (Produto Interno Bruto) potencial pode passar de 2,3% para cerca de 3,7% nos próximos 10 anos. "Podemos aumentar (o PIB potencial) chegando a 3,5%, a 4% e entrar em rota robusta para próximos anos", afirmou.

Em 2018, o ministro disse que a economia brasileira pode crescer acima de 2,3% porque há grande ociosidade.

O ministro reforçou que o governo está comprometido com a redução do papel do Estado na economia e que o País está em trajetória forte de recuperação. "A mensagem é que há grandes oportunidades de investimento no Brasil e economia está crescendo. Compete a todos continuar trabalhando para que país consiga consolidar trajetória de crescimento", concluiu.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.