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Ministro quer R$41 bi para micro e pequena empresa, mas BC não deve mexer em compulsório

Brasil|

Por Luciana Otoni

BRASÍLIA (Reuters) - A Secretaria da Micro e Pequena Empresa busca a liberação de 41 bilhões de reais em compulsórios para elevar e baratear a oferta de crédito a micro e pequenas empresas, mas o pedido esbarra na resistência da equipe econômica.

O ministro da pasta, Guilherme Afif Domingos, disse à Reuters nesta quarta-feira que a liberação de recursos do compulsório --parte do dinheiro depositado nos bancos que fica no Banco Central, ou seja, fora de circulação-- foi tema de reunião na Casa Civil nesta tarde.

Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff já teria manifestado ser favorável ao uso de parcela dos compulsórios para ampliar a oferta de crédito para micro e pequenas empresas.

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"O uso do compulsório é uma determinação da presidente Dilma", declarou Afif, acrescentando que Dilma gostaria de uma definição sobre o tema até 10 de abril para acelerar a oferta de crédito para os pequenos negócios, segmento que responde mais rapidamente na oferta de emprego.

Porém, uma fonte da equipe econômica que falou à Reuters sob condição de anonimato disse à Reuters que "não há como dar prosseguimento a esse pedido. Não há como liberar 41 bilhões de reais na economia".

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A mudança nos percentuais de recolhimento compulsório de depósitos à vista e a prazo --parte dos recursos dos bancos que fica depositada no BC, ou seja, fora de circulação-- depende de norma da autoridade monetária.

A liberação de dinheiro pelo BC agora, porém, iria na contramão do esforço da autoridade monetária para controlar a inflação e reduziria o efeito do aperto monetário em curso para conter a demanda.

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Participaram da reunião na Casa Civil, além de Afif, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e os presidentes do BNDES, Luciano Coutinho, e da Caixa, Mirian Belchior, além do vice-presidente de Agronegócios e Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil, Osmar Dias.

Também participaram do encontro os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento), além de Afif.

A última vez que o compulsório foi usado para estimular o crédito foi em julho e agosto do ano passado, quando o BC anunciou uma série de medidas para melhorar a oferta de empréstimos e financiamentos na economia.

A despeito dessa iniciativa, o mercado de crédito desacelerou no ano passado, encerrando o ano com uma taxa de expansão de 11,3 por cento a menor em 11 anos.

Para 2015, o BC indicava aumento de 12 por cento do crédito, mas reviu a projeção para alta de 11 por cento diante dos sinais persistentes de fraqueza da atividade doméstica.

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