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Mulher de mais de 60 anos liderava grupo preso pela PF

Operação desarticula quadrilha acusada de fraude nos cofres da Previdência Social

Brasil|Bruno Lima, do R7, em Brasília

A Polícia Federal prendeu cinco pessoas, em Brasília, na madrugada desta sexta-feira (31) durante uma operação que investiga uma fraude milionária na Previdência Social. Também foram cumpridas 17 ordens de condução coercitiva e 12 pessoas foram indiciadas.

Entre os presos está uma senhora de mais de 60 anos apontada pela PF como uma das líderes do grupo. Ela foi presa em um apartamento na Asa Sul, região central de Brasília. Onde foram encontradas carteiras de trabalho em branco e falsificadas, registro de nascimentos e certidões de óbito que seriam usadas para receber benefícios previdenciários.

As investigações começaram em 2010 a partir de uma denúncia. A quadrilha fraudava os benefícios inserindo informações falsas na RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) e depois na GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS). Com isso, os sistemas previdenciários continham o registro de pessoas em empresas como segurados da Previdência Social, apesar de essas pessoas nunca terem trabalhado nessas empresas. Depois, o grupo sacava benefícios de aposentadorias, auxílio-doença e seguro-desemprego.

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De acordo com o chefe da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Previdência Social, Marcelo Borsio, uma análise preliminar feita em 60 benefícios apontou uma fraude de até R$ 4 milhões, mas a quantia pode ser ainda maior.

— Inicialmente, o prejuízo é de R$ 4 milhões, já calculado nesse pequeno grupo de benefícios analisados, mas a gente já calcula que o prejuízo circula, ou já até ultrapassou R$ 40 milhões.

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O delegado revelou que o grupo agia desde 1998 e que há indícios do envolvimento de despachantes, contadores, falsos empresários e até funcionários do INSS.

— Tem possivelmente dois servidores da Previdência que foram trazidos para cá para serem ouvidos. Mas a maioria deles são contadores, atravessadores, despachantes previdenciários, pessoas ligadas ao mundo previdenciário que angariavam pessoas pela rua, ou mesmo criavam pessoas com documentos falsos para começar o trabalho de jogar essas pessoas reais ou irreais dentro do sistema da Previdência.

Os envolvidos vão responder por estelionato previdenciário, falsidade documental, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema de informação, corrupção passiva, formação de quadrilha e associação criminosa. As penas juntas podem chegar de 10 a 17 anos.

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