Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

No recesso de Carnaval, disputas por comissões movimentam o Senado

Por enquanto, a única comissão sem acordo para a indicação de nome é a de Meio Ambiente

Brasil|Da Agência Brasil

A partir de terça-feira (19), na volta do recesso de Carnaval, o comando das 11 comissões permanentes para o biênio 2013-2014 deve ser definido no Senado. Apesar da Casa vazia nos últimos dias, os acordos para a ocupação desses cargos movimentam os parlamentares.

Por enquanto, a única comissão ainda sem acordo para a indicação de um nome é a de Meio Ambiente. O PR quer o ruralista Blairo Maggi (MT) na presidência e o PSB briga para emplacar o nome do senador Antônio Carlos Valadares (SE), mais afinado com os ambientalistas. Maggi também é cotado para assumir o Ministério da Agricultura e isso pode facilitar o entendimento.

Nos últimos quatro anos a Comissão de Meio Ambiente ficou sob o comando do PSB. Segundo o líder do partido, senador Rodrigo Rollemberg (DF), o objetivo é manter a vaga e, nos próximos dias, tudo vai ser feito para evitar que a disputa seja resolvida no voto. 

— Não é tradição no Senado disputar comissão no voto, por isso, até o último momento insistir no entendimento.

Publicidade

Presidentes das comissões permanentes do Senado devem ser escolhidos na semana que vem

Leia mais notícias de Brasil

Publicidade

Para presidir as duas comissões mais visadas do Senado — a de Constituição e Justiça e a de Assuntos Econômicos –, já estão confirmadas as indicações dos senadores Vital do Rêgo (PMDB-PB) e Lindbergh Farias (PT-RJ), respectivamente.

Eleição à presidência do Senado cria fenômeno anti-Renan na internet

Publicidade

A Comissão de Agricultura deve ficar com o senador Benedito de Lira (PP-AL), a de Direitos Humanos com a senadora Ana Rita (PT-ES), Educação com o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), mas o PSDB também pleiteia essa comissão para o senador Cyro Miranda (GO). Ele também é cotado para assumir a Comissão de Relações Exteriores, mas como as indicações respeitam a proporcionalidade dos partidos, os tucanos, segundo o senador Álvaro Dias (PR), devem preferir ficar com a de Educação.

Já para as comissões de Infraestrutura e a de Ciência e Tecnologia vão ser respectivamente indicados o senadores Fernando Collor (PTB-AL) e Zezé Perrela (PDT-MG). Mesmo com o acordo, todos nomes vão ser oficializados depois de passarem por uma votação secreta na comissão.

Além de discutir e votar projetos de lei, as comissões também promovem audiências públicas com entidades da sociedade civil para debater e aprimorar projetos em tramitação no Congresso. Para o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), alguns assuntos devem ter prioridade na pauta. Na lista estão, por exemplo, a discussão de novas regras para o Fundo de Participação dos Municípios (FPE) e a tentativa de mudar o sistema de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para acabar com a chamada guerra fiscal entre os estados.

Segundo Eunício, com as alianças feitas para a formação do bloco da maioria – composto por 21 senadores do PMDB, cinco do PT e um do PV e possivelmente dois do PSD – a bancada governista terá 29 nomes o que, de acordo com o líder, significa 39% dos votos no plenário da casa.

Mas não só as comissões permanentes movimentam as discussões e as disputas durante o recesso. Atualmente, 23 medidas provisórias estão em tramitação na Câmara e no Senado e para cada uma delas é necessária a instalação de uma comissão mista, com senadores e deputados. Algumas como a 595/12 , conhecida como MP dos Portos, regulam um setor inteiro.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.