O clima foi de tensão entre funcionários da Odebrecht e agentes da Polícia Federal durante o cumprimento de um dos mandados de busca e apreensão da 16ª fase da Operação Lava Jato.
O delegado Igor Romário de Paula reclamou que com o objetivo de “retardar” o trabalho da polícia, integrantes do departamento jurídico da empreiteira se negavam a liberar as senhas de acesso aos servidores da Odebrecht. Os policiais queriam copiar dados e arquivos que estavam no e-mail do superintendente da empresa Fabio Adrenai Gandolfo, suspeito de participar do esquema de propinas na Eletronuclear.
Os juristas da empresa alegavam que o servidor de e-mails fica fora do país e por isso a ordem judicial não valia.
Os policiais recorreram ao juiz Sergio Moro, que mandou prender quem impedisse o trabalho da PF.
Tiro pela culatra
Além de liberar as senhas, Moro ampliou autorização permitindo que a PF extraísse backups, cópias de segurança e logs de acesso do e-mail investigado nas últimas 48 horas. O juiz justificou a decisão dizendo que “o comportamento adotado indica possibilidade de destruição de provas, como também indicam anotações anteriores do Presidente da holding, ao recomendar higienização de apetrechos”.