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Pandemia em 2021 é diferente e SUS será testado, diz Pazuello

Ministro da Saúde afirmou que novas mutações do vírus colocarão à prova rede hospitalar para evitar possível colapso

Brasil|Do R7, com informações de Thiago Nolasco

Ministro deve deixar o cargo nos próximos dias, enquanto Bolsonaro escolhe substituto
Ministro deve deixar o cargo nos próximos dias, enquanto Bolsonaro escolhe substituto Ministro deve deixar o cargo nos próximos dias, enquanto Bolsonaro escolhe substituto

Em coletiva de imprensa convocada após movimentações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para substituir o comando do ministério da Saúde, o ministro Eduardo Pazuello afirmou nesta segunda-feira (15) que a pandemia do novo coronavírus em 2021 é pior e vai testar o SUS (Sistema Único de Saúde) para evitar possível colapso da rede hospitalar. 

"O ciclo da pandemia em 2021 está diferente, o vírus acumulou mutações, se tornando mais contagioso e, consequentemente, tem causando maior número de óbitos. Esse novo ciclo expôs as fragilidades das estruturas do sistema de saúde de forma mais focal. Observamos altos indíces de contaminação e ocupação de leitos em vários pontos do país, simultaneamente. O SUS não colapsou em 2020 e será colocado à prova em 2021", afirmou. 

Na coletiva, marcada para demonstrar ações da atual gestão no enfrentamento à pandemia, Pazuello voltou a garantir o cronograma de vacinação atual, com a previsão de entregar 192 milhões de doses de vacina contra a covid-19 de março até junho deste ano, e 592 milhões até o final de 2021. Ele ainda anunciou contrato para a compra de 138 mi de doses da Janssen e da Pfizer.

Sob pressão pelo atraso na vacinação, o ministro já se adiantou a possíveis mudanças no cronograma, que têm gerado cobranças do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.

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"O cronograma é para ser alterado, quando a farmacêutica não entrega, quando a linha de produção para, quando acontece qualquer dificuldade na legalização da doses. Quanto mais estivermos no começo do ano e do processo, mais alterações podem acontecer", afirmou.

Criticado pela gestão na pandemia e pelo atraso da entrega dos imunizantes, Pazuello deve ser demitido nos próximos dias, enquanto o presidente Bolsonaro já conversa com outros possíveis substitutos.

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Ele deve seguir no posto até que Bolsonaro encontre outro nome que atenda à demanda do Centrão, desde que o indicado, na condução do ministério, não desautorize o próprio Bolsonaro. 

Troca no ministério

O presidente Jair Bolsonaro se reuniu nesta segunda-feira (15) com Marcelo Queiroga, presidente da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia). O médico é um dos cotados para assumir o Ministério da Saúde após a recusa da médica cardiologista Ludhmila Hajjar, enquanto cresce a pressão pela saída de Pazuello do Ministério da Saúde

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Ludhmila havia sido uma das indicadas pelo Centrão e chegou a se encontrar com Bolsonaro no domingo. Porém, foi bombardeada pelas rede sociais e por seguidores do presidente, que encaminharam diretamente ao núcleo de poder do Planalto gravações em áudio e também vídeos em que a cardiologista critica a ação federal frente à pandemia.

Além de Queiroga, José Antonio Franchini Ramires, professor titular do Instituto do Coração (Incor) de São Paulo, é cotado para o cargo, ocupado atualmente pelo general Eduardo Pazuello.

Queiroga tem bom trânsito em Brasília e no governo, tendo sido convidado este ano para integrar a direção da Agência Nacional de Saúde Suplementar, a ANS. Já Ramires teria sido indicado ao presidente por sua ala ideológica.

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