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Partidos políticos bancam verba de campanha para eleição interna do Congresso

Concorrentes à presidência da Câmara viajaram o País para pedir voto aos colegas deputados

Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília

Câmara e Senado escolhem seus presidentes neste domingo (1º). Cunha e Chinaglia (foto) lideram corrida na Câmara
Câmara e Senado escolhem seus presidentes neste domingo (1º). Cunha e Chinaglia (foto) lideram corrida na Câmara Câmara e Senado escolhem seus presidentes neste domingo (1º). Cunha e Chinaglia (foto) lideram corrida na Câmara

Ano de eleição de Mesa Diretora no Congresso gera mais despesas para os partidos políticos que lançam candidatos para ocupar a presidência da Casa e outros cargos. São as legendas que pagam os gastos de passagem, hospedagem e material de divulgação que os deputados e senadores utilizam durante o período em que se dedicam a pedir apoio partidário e o voto dos colegas.

O esquema de financiamento das campanhas para as eleições internas na Câmara e no Senado é similar ao adotado para as campanhas eleitorais municipais, estaduais e presidenciais. Os partidos podem receber doações de empresas para financiar as despesas, e o próprio candidato também pode custear alguns gastos.

No entanto, a prestação de contas não precisa ser específica, como no caso das eleições gerais. De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), anualmente os partidos devem esclarecer ao tribunal os ganhos e os gastos do período. É neste momento que as agremiações vão ter de declarar a despesa das campanhas feitas para as eleições da Mesa Diretora e como elas foram pagas.

Aliados, PT e PMDB travam queda de braço pela presidência da Câmara

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Maiores campanhas

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As campanhas mais caras na Câmara são as dos maiores partidos que disputam a presidência. PT e PMDB investiram em viagens e divulgação de propostas pelo País, com o objetivo de atingir o maior número de deputados em suas bases eleitorais.

O candidato peemedebista, deputado Eduardo Cunha (RJ), está em campanha há quase dois meses. De acordo com a agenda de campanha do parlamentar, somente no mês de janeiro ele esteve em 14 Estados diferentes, visitando políticos. No primeiro dia do ano, ele também ofereceu um jantar de confraternização para seus apoiadores do PTB, PSC, PR, PROS e PRTB.

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Além disso, Cunha construiu uma página na internet exclusiva para sua campanha, que ele usa para divulgar propostas e se posicionar sobre assuntos pertinentes ao Congresso Nacional.

Mas o PMDB não divulga quanto já gastou com a campanha de Cunha. Por meio da assessoria, a liderança do partido na Câmara afirmou que ainda não fechou os cálculos e, por isso, não vai informar a previsão de despesas.

O PT também não economizou na campanha do deputado Arlindo Chinaglia (SP) para a presidência da Câmara. Chinaglia lançou a candidatura oficialmente 15 dias depois de Cunha e, assim como o adversário, o petista tem um site dedicado à divulgação de suas ações. O parlamentar também visitou, nas respectivas bases eleitorais, deputados que vão tomar posse em 2015.

De acordo com o partido, as despesas de transporte aéreo foram realizadas por fretamento de aeronave, autorizado pelo diretório nacional do PT. Mas a estimativa de gastos também não foi divulgada. De acordo com a assessoria do partido, “as prestações de contas serão feitas ao TSE”.

Econômicos

Correndo por fora na disputa pela presidência da Câmara, os representantes dos partidos de oposição foram mais econômicos nos gastos de campanha. Além de serem partidos menores, PSB e PSOL também tiverem menos tempo de mobilização. No caso do PSOL, a candidatura do deputado Chico Alencar (RJ) foi lançada uma semana antes das eleições.

O parlamentar afirma que sua campanha é “custo zero” e feita integralmente por meio da internet. De acordo com o deputado, ele não fez nenhuma viagem para visitar políticos e sua plataforma de proposta foi enviada aos parlamentares por e-mail. Alencar pretende usar os últimos dias para conversar pessoalmente com alguns colegas.

— Enviamos nossa plataforma, com dez páginas e mais de 30 projetos de lei prioritários, para todos os 513 deputados. Vou tirar uma cópia, pagando do próprio bolso, com nota fiscal, para entregar nos gabinetes também. Nossa campanha é franciscana e clara. Sábado e domingo vou fazer o corpo a corpo, porque não custa nada.

Pelo PSB, o deputado Júlio Delgado (MG) está oficialmente em campanha há um mês e meio, mas viajou menos que os adversários do PT e do PMDB. Na última semana antes das eleições, ele fez questão de se concentrar em reuniões com possíveis apoiadores, evitando até entrevistas à imprensa.

Segundo o secretário de finanças do PSB, Márcio França, o partido autoriza os deputados a pagarem passagens e hospedagem de viagens com a verba da agremiação. O secretário afirma que ainda não fechou o balanço das despesas da campanha de Delgado, mas acredita que os gastos não ultrapassam R$ 20 mil.

— Os deputados têm autorização do partido a usar a verba [da agremiação] quando precisar. Ainda vamos fechar o balanço, mas acho que não passa de R$ 20 mil. Acredito que ele tenha usado cerca de dez passagens, então não deve passar disso.

As eleições para a Mesa Diretora da Câmara acontecem neste domingo (1º), logo após a posse dos deputados. Eduardo Cunha e Arlindo Chinaglia são os candidatos com maior número declarado de apoios.

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