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Peru prepara retirada de moradores de povoados atacados por indígenas não contactados

Brasil|

LIMA (Reuters) - As forças de segurança do Perú preparam uma possível retirada dos habitantes de povoados que foram atacados por indígenas nunca contactados que buscavam por comida em uma área no sul da selva amazônica, perto da fronteira com o Brasil, informou o governo peruano no domingo.

Cerca de 200 indígenas não contactados da etnia Mashco Piro, da região de Madre de Dios, entraram no povoado de Monte Salvado, no sábado, exigindo que os moradores entregassem comida, fugindo em seguida para um posto de controle próximo, onde se refugiaram com medo de serem atacados, disse o Ministério da Cultura em comunicado.

Dois dias antes, os indígenas não contactados tinham entrado no mesmo povoado empunhando arcos, flechas e lanças, matando animais domésticos e levando utensílios de cozinha, machados e ferramentas agrícolas, disse o dirigente da federação de povos nativos de Madre de Dios, César Jojajé, a uma rádio local.

Em ambas as incursões não foram relatados enfrentamentos ou feridos, e os Mashco Piro, vestidos apenas com tangas, já se retiraram da região, segundo o governo.

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"Mas seu retorno nos próximos dias é iminente", afirmou o Ministério da Cultura, que coordena uma intervenção junto com os ministérios do Interior e da Defesa para garantir a segurança da população de Monte Salvado.

O ministério disse que 39 pessoas de Monte Salvado, incluindo mulheres, homens e crianças, permanecem refugiadas em uma área próxima e uma possível retirada deles está sendo preparada.

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"Essas pessoas se encontram em bom estado, mas precisam receber alimentos e segurança", disse o governo.

Não é a primeira vez que os indígenas isolados de Mashco Piro entram em um povoado de Madre de Dios.

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Em maio, a tribo assaltou um albergue turístico no Parque Nacional de Manu de Perú, levando potes de metal.

Os Mashco Piro já se enfrentaram com madeireiros, caçadores e outras pessoas que tentaram invadir seu território no passado, mas antropólogos dizem que eles tem sido atraídos cada vez mais por ferramentas modernas, o que os leva a acampamentos de turismo e aldeias remotas.

(Reportagem de Marco Aquino)

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