O Instituto Nacional de Criminalística da PF (Polícia Federal) recebeu, nesta terça-feira (21), um selo de qualidade internacional que atesta a excelência das provas criminais produzidas pelos laboratórios da corporação.
Entre os trabalhos que ganharam o reconhecimento de eficiência está o realizado pelos peritos de química, responsáveis por fazer o mapeamento de novas drogas sintéticas como a 25i – conhecida como pandora – que teria sido usada pelo estudante da USP (Universidade de São Paulo) que morreu no mês passado.
O título é concedido por uma instituição internacional especializada em atesar a qualidade de laboratórios de ciência forense, como se fosse um INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) de instituições que produzem provas criminais.
O instituto da Polícia Federal é o primeiro da América Latina a receber o certificado. De acordo com diretor-técnico científico da PF, Jair Wermann, esse selo de qualidade coloca o Brasil na vanguarda os laboratórios criminais.
— A sociedade brasileira pode confiar ainda mais no trabalho que realizamos, reforça ainda mais nossa capacidade de garantir a excelência dos nossos resultados científicos.
Para conseguir o certificado, foi firmada uma parceria com o Ministério da Justiça dos Estados Unidos, que disponibilizou três especialistas para prestar consultoria e acompanhar os trabalhos dos peritos criminais da PF.
Dois profissionais especializados em DNA e um em química fizeram visitas periódicas aos laboratórios da Polícia Federal em Brasília entre março de 2013 e setembro de 2014. Os procedimentos foram reorganizados de acordo com a realidade brasileira, mas seguindo padrões de documentação internacionais.