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PF investiga ligação entre corrupção em Angola, a Petrobras e o PT

A Polícia Federal brasileira investiga a ligação entre a Companhia de Petróleo de Angola, a Petrobras e o pagamento de propina ao PT

Brasil|Do R7

Esquema envolveu contratos suspeitos com estatal Angolana
Esquema envolveu contratos suspeitos com estatal Angolana Esquema envolveu contratos suspeitos com estatal Angolana

Um material apreendido na casa de um dos investigados por lavagem de dinheiro e corrupção em Angola, que envolvem a filha do ex-presidente do país, pode estar ligado aos escândalos revelados pela operação Lava Jato no Brasil.

A Polícia Federal brasileira investiga a ligação entre a Companhia de Petróleo de Angola, a Petrobras e o pagamento de propina ao PT (Partido dos Trabalhadores).

Leia mais: Portugal congela contas bancárias da empresária Isabel dos Santos

Dois empreendimentos imobiliários na orla de João Pessoa, na Paraíba, receberam dinheiro de angolanos investigados pela PF por lavagem de dinheiro.

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José Castro Paiva, que foi diretor por 25 anos da Sonangol, estatal petrolífera de Angola, homem importante na esfera de poder angolano, teria utilizado um esquema de off-shores, empresas instaladas em paraísos fiscais, onde não são cobrados impostos em valores que circulam no sistema financeiro, para lavar dinheiro de corrupção do país africano e financiar os empreendimentos no Brasil.

Ele seria um operador ligado a Isabel dos Santos, considerada a mulher mais rica da África e filha do ex-ditador angolano José Eduardo Santos, que ficou quase 40 anos no poder.

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O inquérito sobre lavagem de dinheiro angolano em terras brasileiras, traz indícios que esta esta operação pode estar relacionada com os escândalos envolvendo a Petrobras e investigado na operação Lava Jato.

Um celular apreendido pela Polícia Federal e que pertencia a José Castro Paiva, tem trocas de mensagens reveladoras que envolvem até mesmo o vice-presidente de Angola, Manoel Vicente.

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Em uma das mensagens, Ana Paula Gray, ex-presidente da comissão executiva do Banco Angolano de Investimentos, mostra preocupações com as delações da Lava Jato.

"Espero que não nos contamine", escreveu Paula Gray em uma das mensagens. Castro Paiva respondeu: "espero que não".

As conversas são de 2016, ano em que Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, chegou a revelar para a Lava Jato, gastos de US$ 300 milhões na compra

de plataformas de petróleo em Angola, que parte do dinheiro teria retornado ao Brasil em forma de propina para o Partido dos Trabalhadores.

Proximidade com o Brasil

O ditador angolano José Eduardo Santos tinha uma relação próxima com o ex-presidente Lula e durante os governos do PT, além dos negócios com a Petrobras,

o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Sustentável) fez empréstimos ao país africano, e construtoras brasileiras como a Odebrecht, fecharam contratos no país.

O ditador angolano deixou o poder em 2017. E agora ele e sua filha, Isabel, são alvos de investigações do atual governo do país.

Outro lado

A assessoria de Lula disse que o ex-presidente sempre atuou dentro da lei e que todas as denúncias não passam de perseguição judicial.

Já a Petrobras afirmou que trabalha em colaboração com as autoridades e que é vítima dos crimes desvendados pela lava jato.

O BNDES informou que Angola pagou ao banco o financiamento de três bilhões e duzentos milhões de dólares.

Por sua vez o Partido dos Trabalhadores classificou as acusações como mentiras de um criminoso confesso que apenas quer obter redução de sentença.

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