A PF (Polícia Federal) realizou 33 prisões durante a operação Piloto, segundo balanço parcial divulgado nesta terça-feira (03). A ação - realizada em seis Estados - tinha como objetivo capturar os chefes de um esquema internacional de tráfico de drogas em Mato Grosso do Sul e no Paraná, na região de fronteira com o Paraguai.
Oito suspeitos ainda estão foragidos. Os agentes federais não localizaram entorpecentes durante a operação. Cerca de R$ 10 mil foram apreendidos.
Dezesseis suspeitos foram detidos em Mato Grosso do Sul: sete em Ponta Porã, sete em Naviraí e dois em Três Lagoas. No Paraná, foram quinze presos: oito em Guaíra, três em Foz do Iguaçu, três em Londrina e um em Cascavel. Os ostros dois detidos estavam em São Paulo: um em Campinas e um em Santos.
Os nomes dos capturados não foram revelados.
Ao todo, policiais federais cumpriram mandados em 24 municípios, todos expedidos pela 1ª. Vara da Justiça Federal em Umuarama (PR). Cerca de 250 policiais federais trabalham na operação.
Investigações
As investigações tiveram início no mês de maio de 2013, quando foi identificado um empresário do ramo de transportes, da cidade de Umuarama, que estaria utilizando parte da frota para transportar grandes quantidades de maconha, escondidos em meio a cargas de sofás e cadeiras. A droga vinha do Paraguai e era levada para o Estado de São Paulo.
Com o avanço das investigações, foi identificada uma rede internacional formada por 16 quadrilhas de tráfico de drogas operando a partir de Umuarama. Essas quadrilhas compravam grandes quantidades de maconha, cocaína, crack, armas de fogo e munições, transportavam tudo para o território brasileiro e depois distribuíam nos grandes centros consumidores, principalmente no Estado de São Paulo.
Ao longo dos sete meses de trabalhos, já tinham sido efetuadas 67 prisões em flagrante em três Estados — Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo — e apreendidas 49 toneladas de maconha, 393 kilos de cocaína, 125 quilos de crack, 8.025 comprimidos de ecstasy, 5 fuzis, 6 pistolas, 1 revólver, 3 espingardas.
Os presos devem recolhidos a estabelecimentos penitenciários nos Estados do Paraná e São Paulo onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.