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Polícia canadense não vê ligação aparente entre ataques em Québec e Ottawa

Brasil|

Por Randall Palmer e David Ljunggren

OTTAWA (Reuters) - O homem armado que atacou a capital do Canadá agiu sozinho e, apesar de ter ficha na polícia, não tinha ligação aparente com um suspeito convertido ao islamismo que matou um soldado no Québec no começo da semana, informou a polícia nesta quinta-feira.

O atirador de quarta-feira, Michael Zehaf-Bibeau, de 32 anos, era um canadense que também podia ter cidadania líbia, disse Bob Paulson, comissário da Polícia Montada Real do Canadá (RCMP, na sigla em inglês).

Zehaf-Bibeau matou um soldado a tiros no Memorial Nacional de Guerra na quarta-feira antes de correr pelo edifício do Parlamento em Ottawa, onde foi morto a tiros.

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No incidente de segunda-feira no Québec, Martin Rouleau, de 25 anos, atropelou dois soldados canadenses com seu carro, matando um, e também foi morto por disparos, relatou a polícia.

“Não temos informações ligando os dois ataques desta semana”, afirmou Paulson aos repórteres em Ottawa, que continua em alerta máximo de segurança.

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“Nossos parceiros na polícia de Ottawa e a RCMP concordaram que Zehaf-Bibeau agiu sozinho e que é a pessoa que perpetrou os ataques no memorial e no Parlamento”, disse Paulson.

Ele declarou que a polícia espera determinar rapidamente se Zehaf-Bibeau recebeu algum apoio no planejamento do atentado.

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QUERIA VIAJAR PARA SÍRIA

Zehaf-Bibeau havia solicitado um passaporte recentemente, mas verificações da RCMP não revelaram nenhum vestígio de criminalidade relacionada à segurança nacional, apesar de uma ficha criminal indicando infrações ligadas a drogas, violência e outras atividades criminosas, relatou Paulson.

A RCMP disse que Zehaf-Bibeau, que nasceu em Montréal e viveu nas cidades canadenses de Calgary e Vancouver, queria ir para a Síria. Na quarta-feira, autoridades dos Estados Unidos disseram terem sido alertadas de que Zehaf-Bibeau era um convertido ao islã, assim como o atirador de segunda-feira.

“Ele tinha um pai líbio e uma mãe canadense, e precisamos investigar e entender seu processo de radicalização. Ele é um indivíduo interessante no sentido de que tinha uma criminalidade muito desenvolvida”, afirmou Paulson. “Não existe um caminho ou fórmula única para a radicalização”.

O comissário disse que o e-mail do suspeito foi encontrado no disco rígido de alguém responsável pelo que chamou de delito relacionado ao terrorismo.

“Precisamos entender o que isso significa, por isso, quando dizemos ‘uma conexão’ é uma espécie de, bom, é uma conexão das mais fracas”, declarou Paulson.

Uma mulher que se identificou como mãe do suspeito divulgou um comunicado no começo desta quinta-feira pedindo desculpas pelas aparentes ações de seu filho.

“As palavras não podem expressar a tristeza que estamos sentindo neste momento”, disse Susan Bibeau em uma declaração fornecida pela agência de notícias Associated Press. “Enviamos nossas mais profundas condolências”.

(Reportagem adicional de Leah Schnurr e Richard Valdmanis em Ottawa, Andrea Hopkins e Euan Rocha em Toronto e Julie Gordon em Vancouver)

((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447765)) REUTERS TR

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