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Polícia Federal faz ação em quatro estados contra Máfia das Próteses; médicos e empresário são alvos

São 72 mandados, sendo oito de prisão temporárias e sete de condução coercitiva

Brasil|Da Agência Brasil

Policias federais cumprem 72 mandados em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, em São Paulo e Santa Catarina
Policias federais cumprem 72 mandados em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, em São Paulo e Santa Catarina Policias federais cumprem 72 mandados em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, em São Paulo e Santa Catarina

A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta terça-feira (2) em quatro estados uma operação para prender médicos, empresários e representantes comerciais suspeitos de participação em um esquema que induzia pacientes a se submeterem a procedimentos cardiológicos desnecessários apenas para venderem próteses cardíacas e desviar recursos do SUS (Sistema Único de Saúde).

Segundo a PF, 72 mandados estão sendo cumpridos em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, em São Paulo e Santa Catarina. São oito mandados de prisão temporária, sete de condução coercitiva — quando o investigado é conduzido para prestar depoimento e liberado em seguida –, 36 de sequestro de bens e 21 de busca e apreensão.

A PF informou que há indícios de que os suspeitos falsificavam documentos para a realização de procedimentos cardiológicos sem nenhuma necessidade. As próteses não utilizadas nos procedimentos simulados eram desviadas e usadas em cirurgias feitas nas clínicas de propriedade dos membros do grupo.

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Segundo os investigadores, os médicos recebiam das empresas propinas que variavam entre R$ 500 e R$ 1 mil, por prótese. O grupo chegava a receber R$ 110 mil por mês. Apenas uma das empresas investigadas pagou aproximadamente R$ 1,5 milhão, em menos três anos.

Além de receber dinheiro do SUS, os médicos costumavam cobrar dos pacientes pelos procedimentos cirúrgicos. A partir da denúncia de que um paciente morreu após ter pago R$ 40 mil para ser atendido pelos médicos integrantes da organização criminosa, a PF e o Ministério Público Federal investigam as mortes que podem ter ocorrido devido à ação do grupo.

Os investigados foram indiciados pelos crimes de estelionato contra entidade pública, associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso, corrupção passiva, corrupção ativa e organização criminosa. A operação, que conta com o apoio do MPF, foi chamada de Desiderato, sinônimo de aspiração, pretensão, em uma alusão às próteses.

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