Todas as grandes categorias econômicas e a maior parte das atividades apontaram redução na produção
Getty ImagesA produção industrial nacional caiu 0,8% em março deste ano na comparação com fevereiro, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na série com ajuste sazonal, após também mostrar queda em fevereiro último (-1,3%).
A expectativa em pesquisa da Reuters era de que a produção caísse 0,7% em março sobre o mês anterior na mediana das projeções de 29 analistas, e que recuasse 3,0% na base anual na mediana de 25 projeções.
Todas as grandes categorias econômicas e a maior parte das atividades apontaram redução na produção. Com o resultado de março de 2015, a produção industrial encontra-se 11,2% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013.
Na série sem ajuste sazonal, em relação a março do ano passado, a indústria recuou 3,5%, 13ª taxa negativa consecutiva nessa comparação, embora menos acentuada do que a observada em fevereiro (-9,4%).
Assim, o setor industrial acumulou quedas no ano (-5,9%) e também nos últimos 12 meses (-4,7%). Esse último indicador mantém trajetória descendente desde março de 2014 (2,1%) e assinalou o resultado negativo mais intenso desde janeiro de 2010 (-4,8%).
Série com ajuste sazonal tem quedas em 14 dos 24 ramos
A redução de 0,8% da atividade industrial na passagem de fevereiro para março mostrou resultados negativos em todas as quatro grandes categorias econômicas e em 14 dos 24 ramos pesquisados.
Entre os setores, a principal influência negativa veio de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 4,2%, sexto mês seguido de queda na produção, acumulando nesse período perda de 19,4%.
Outras contribuições negativas importantes vieram das atividades de máquinas e equipamentos (-3,8%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-8,1%), de bebidas (-4,9%), de produtos de borracha e de material plástico (-4,2%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,4%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-6,7%) e de metalurgia (-1,3%).
Por outro lado, entre os dez ramos que ampliaram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância para a média global foi assinalado por produtos alimentícios, que avançou 2,1%, eliminando assim o decréscimo de 0,4% observado em fevereiro último.