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Protestos bloqueiam tráfego de caminhões em rodovias do país

Brasil|

SÃO PAULO (Reuters) - Protestos de caminhoneiros bloqueiam o fluxo de caminhões em diversos pontos de rodovias do país nesta quinta-feira, após uma reunião entre representantes da categoria e o governo federal terminar sem acordo na quarta-feira.

Os motoristas pedem o tabelamento do preço do frete, em meio a um excesso de oferta de caminhões que reduziu os valores pagos pelo transporte nos últimos meses.

Na BR 163, em Mato Grosso, importante rota de escoamento de grãos da principal região produtora do país, havia três bloqueios no início desta manhã, um em Lucas do Rio Verde e dois em Rondonópolis.

Apenas veículos de passeio, ambulâncias e caminhões com cargas vivas podem passar livremente. Não há previsão para liberação da via, informou a concessionária Rota do Oeste.

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No Paraná há quatro pontos de bloqueio para caminhões: na BR 277 em Medianeira e em Laranjeiras do Sul, na BR 376 em Marialva e na BR 163 em Capitão Leônidas Marques. Os veículos de carga estão sendo forçados pelos manifestantes a sair da rodovia e estacionar em postos de combustíveis, informou a Polícia Rodoviária Federal.

No Rio Grande do Sul, onde a colheita da soja está na fase final e onde o escoamento da safra é intenso, há cinco pontos de bloqueios. Os municípios afetados são Ijuí (BR 285), Três Cachoeiras (BR 101), Soledade (BR 386), Veranópolis (BR 470) e Frederico Westphalen (BR 386).

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Houve registro de apedrejamento de caminhões que tentaram furar os bloqueios, informou a Polícia Rodoviária Federal no Rio Grande do Sul.

Protestos de caminhoneiros em fevereiro e início de março paralisaram dezenas de rodovias, afetando exportações brasileiras e a movimentação de cargas no país, com reflexos negativos para a economia.

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Aqueles protestos geraram prejuízo de cerca de 700 milhões de reais para a indústria de carnes de aves e suínos, com os bloqueios de rodovias paralisando abates e afetando o transporte de insumos e produtos.

"Os representantes do governo disseram que há empecilhos jurídicos para uma tabela impositiva (de frete), e a categoria não quer uma tabela apenas referencial", disse na quarta-feira o representante dos caminhoneiros autônomos do Centro-Oeste, Gilson Baitaca, após reunião em Brasília.

As indústrias que contratam frete, especialmente aquelas que trabalham com produtos agrícolas, são contrárias a um tabelamento e sugeriram a criação de uma bolsa de fretes para dar transparência ao setor.

As empresas que precisam transportar cargas defendem que o tabelamento de fretes, além de ser inconstitucional, contraria a livre concorrência e a livre iniciativa, e poderia elevar a inflação.

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(Por Gustavo Bonato)

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