Não reeleito para a Câmara dos Deputados na próxima legislatura, o ex-delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) disse em entrevista exclusiva ao R7 que "existe um aparelhamento" na estrutura do Judiciário, nas supremas cortes, tanto no STJ (Superior Tribunal Federal) quanto no STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo o parlamentar, que deixa o Congresso no dia 31 de janeiro próximo, as decisões da Justiça estão muito distantes da Constituição Federal.
— Quando um poder da República funciona desta forma, há uma distância muito grande daquilo que era para resultar em benefício, em esperança para a população de que algo está mudando no País.
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O ex-delegado ficou nacionalmente conhecido em 2008, após a atuação na operação Satiagraha da Polícia Federal, que apurou um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro que prendeu banqueiros e investidores, entre eles Daniel Dantas, dono do Banco Oportunity. Recentemente, ele foi julgado por uma turma do STF e perdeu o cargo na PF.
Nesta entrevista ao R7, o deputado disse que Sergio Moro, juiz responsável pelo processo envolvendo os investigados pela Operação Lava Jato, tem recebido telefonemas, ameaças e pressões.
— Não é a Justiça, o Judiciário, que está atuando no Lava Jato. É o juiz Sergio Moro, assim como o juiz Fausto de Santis, que atuou a operação Satiagraha.
Assista à entrevista de Protógenes Queiroz a seguir: