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Raquel reafirma denúncia contra Jucá por R$ 150 mil da Odebrecht

Senador teria agido para beneficiar empreiteira em duas medidas provisórias

Brasil|

Jucá recebeu R$ 150 mil em propina, segundo PGR
Jucá recebeu R$ 150 mil em propina, segundo PGR Jucá recebeu R$ 150 mil em propina, segundo PGR

Em manifestação enviada nesta sexta-feira (15) ao STF (Supremo Tribunal Federal), a Procuradoria-Geral da República rebateu os argumentos, em defesa prévia, de Romero Jucá (PMDB-RR) e defendeu o recebimento da denúncia contra o senador por corrupção e lavagem de dinheiro.

O peemedebista foi denunciado em agosto por ter, supostamente, recebido propina de R$ 150 mil para beneficiar a Odebrecht na tramitação de duas medidas provisórias. O documento rebate os pontos mencionados pela defesa do parlamentar solicitando a rejeição dos argumentos.

As informações foram divulgadas pela Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria.

Ao mencionar os fatos apontados na denúncia, a procuradora-geral Raquel Dodge assinala que o senador "violou dever funcional ao votar pela aprovação de medidas provisórias de interesse do grupo empresarial, especialmente as MPs 651 e 656, ambas de 2014".

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Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, o senador agiu no interesse da empreiteira e recebeu de contrapartida pagamento de R$ 150 mil "em vantagens indevidas".

A medida 651, conhecida como "pacote de bondades", que alterava regras do mercado financeiro, recebeu 23 emendas do senador, sete foram aprovadas totalmente ou em parte.

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Uma das medidas que não foram aceitas foi apresentada em outra MP (656) e visava a redução de alíquotas de PIS e Confins.

Ao longo da manifestação, Raquel rebate os argumentos da defesa, que alegou "falta de justa causa para ação penal quanto ao crime de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e a inexistência do crime de lavagem de dinheiro".

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Na denúncia, o Ministério Público Federal sustenta que, para ocultar e dissimular a propina, Cláudio Melo Filho, um dos diretores da construtora, e Romero Jucá "acertaram que o repasse seria feito em forma de doação eleitoral para a campanha do filho do senador".

As informações foram confirmadas pelo executivo da Odebrecht em acordo de colaboração premiada.

Cláudio Melo Filho também foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República.

Ao rebater as alegações de Jucá, a procuradora requer "o integral recebimento da denúncia, com início da instrução processual penal, e a condenação".

A manifestação da PGR será analisada pelo relator do caso no STF, o ministro Marco Aurélio.

Defesa

A reportagem tentou contato com o senador e com a defesa, mais ainda não obteve retorno.

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