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Rede foi vítima de lei de partidos, afirma advogado

Nova regra invalidaria uma parte das assinaturas conquistadas pelo grupo

Brasil|

Possível partido de Marina Silva, atualmente no PSB, enfrenta diversos problemas para inaugurar
Possível partido de Marina Silva, atualmente no PSB, enfrenta diversos problemas para inaugurar Possível partido de Marina Silva, atualmente no PSB, enfrenta diversos problemas para inaugurar

O advogado especialista em direito eleitoral Ricardo Penteado avalia que a Rede, partido que a ex-presidenciável pelo PSB, Marina Silva, pretende criar, foi "vítima" da nova regra que altera a Lei dos Partidos, sancionada pela presidente Dilma nesta semana.

— Como a Rede não terminou o recolhimento das assinaturas de apoiamento, vai ser assim violentamente atingida. Porque todos os nomes que ela já trouxe e mais aqueles que ela deve trazer terão de ser rechecados pela Justiça para saber se são ou não filiados a um partido político.

A afirmação foi feita pelo advogado sobre trecho da nova regra, segundo o qual só podem assinar fichas de apoiamento para a criação de novos partidos pessoas sem filiação partidária. Mas, de acordo com Penteado, a regra é inconstitucional e será questionada no STF (Supremo Tribunal Federal).

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A nova lei também tenta impedir que a regra da fidelidade partidária seja burlada e determina que a fusão de partidos só pode ocorrer cinco anos depois de criados. Para Penteado, que atuou em campanhas do PSB e do PSDB nas eleições de 2014 e já advogou para o ministro Gilberto Kassab (Cidades), a regra é "conservadora".

— O que se pretende aqui é: ‘Não queremos perder parlamentares, não queremos uma dança de cadeiras’. Mas essa dança de cadeiras, quando é a criação de novos partidos, é legítima."

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Nova lei

— Aprovou-se uma lei que mexe muito com a estrutura partidária, mas que passou meio despercebida. Foi um projeto aprovado com muita rapidez, tramitou de uma forma muito célere e, depois, foi sancionado com alguns vetos. Nem a sanção nem os vetos foram muito discutidos. Veio meio de surpresa.

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Para o advogado, antes de criar a nova regra, o Congresso deveria ter discutido a alteração na Constituição para criar a cláusula de barreira, derrubada pelo Supremo em 2006.

— Tem coisa mais importante, e essa lei atropela um pouco esse processo e com uma tendência muito conservadora. Ou seja, o que eles (governo) não querem é que haja alteração nos partidos políticos que hoje estão no Congresso.

Rede

— A Rede se tornou vítima. Como não terminou o recolhimento das assinaturas de apoiamento, vai ser assim violentamente atingida. Porque todos os nomes que ela já trouxe e mais aqueles que ela deve trazer terão de ser rechecados pela Justiça.

A Rede teve um primeiro pedido de registro negado em 2013 por não conseguir juntar as 500 mil assinaturas necessárias para sua fundação.

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