Para Kassab, reforma ajuda a controlar os gastos do governo e ainda pode servir de exemplo para outros entes federativos
Marcelo Camargo/05.01.2015/Agência Brasil
O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, afirmou nesta quinta-feira (27) que a reforma ministerial será conduzida com "muito cuidado" pela presidente Dilma Rousseff e negou que o anúncio seja apenas uma ação de marketing do governo para tentar implementar uma agenda positiva.
— A reforma tem como objetivo redução de custos e o que vale é o quando ela for apresentada. Tudo (que é publicado) agora são apenas reflexões, ilações.
O ministro afirmou ter "certeza absoluta" que a reforma envolverá cortes significativos.
— Tenho certeza absoluta que envolverá cortes importantes, em especial neste momento de contenção de despesas.
Leia mais noticias de Brasil e Política
Segundo Kassab, além de controlar efetivamente os gastos do governo a redução de ministérios pode servir de exemplo para outros entes federativos.
— Pode ser um exemplo para todas as administrações públicas qualquer que seja a instância.
Questionado se o anúncio da reforma não seria apenas uma ação de marketing, Kassab disse que "todos sabem que não".
— Até porque foi um anúncio da intenção de fazê-la e ela vai acontecer.
Kassab disse ainda não temer que os cortes afetem pastas do PSD, como a sua própria e a do ministro da Secretaria de Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos.
— De maneira nenhuma, a presidente saberá escolher quais são as pastas que devem ter status de ministério, quais são as atribuições.[...] Afif tem espírito público e desprendimento para entender que o que vale são as atribuições e não os títulos e está pronto para colaborar, da mesma maneira eu.
Segundo Kassab, por ser da base aliada o PSD tem que respeitar as decisões do executivo.
— Sou ministro, mas estou pronto para servir o País qualquer que seja o titulo da minha atribuição. [...] Nosso partido integra base do governo e, portanto, partido respeita as diretrizes da líder dessa composição que é a presidente Dilma.
R7 Play: assista à Record onde e quando quiser
Kassab não quis comentar os rumores de que o governo prepara uma volta da CPMF e nem qual seria a posição do partido sobre o tema.
— Não tem nenhum discussão oficial e, quando não existe discussão, não existe posição.
O ministro participou nesta quinta-feira na Comissão Geral no Plenário da Câmara e foi recebido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que se manifestou pessoalmente contrário ao retorno do imposto.
— Da minha parte eu sou contrário à volta da CPMF. Acho pouco provável que aprove aqui na Casa, mas, se eles mandarem, o processo vai tramitar. Mas vejo pouca possibilidade de aprovar — afirmou Cunha.