Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Renan anuncia saída da liderança do PMDB no Senado

Peemedebista diz não concordar com um partido que age como um departamento do Executivo

Brasil|Do R7, com Estadão Conteúdo

Renan anunciou sua saída da liderança do PMDB no plenário do Senado
Renan anunciou sua saída da liderança do PMDB no plenário do Senado Renan anunciou sua saída da liderança do PMDB no plenário do Senado

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) anunciou nesta quarta-feira (28), em Plenário, que deixa a liderança do PMDB na Casa. Uma das justificativas para sua decisão é não concordar com o posicionamento de um partido que age "como um departamento do Poder Executivo".

— Não seria jamais líder de papel, nem lideraria o PMDB contra trabalhadores e aposentados. Estou me libertando de uma âncora pesada e injusta. Permanecer na função seria ceder a um governo que trata o partido como um departamento do Poder Executivo e optou por massacrar os trabalhadores.

A avaliação do senador é de que ele é mais útil na oposição do que como aliado do governo do presidente Michel Temer. Durante sua renúncia, ele fez críticas às reformas proposta pelo governo, segundo ele, "cassa direitos dos trabalhadores".

— Votar a terceirização ampla e irrestrita sem passar pelo Senado e a reforma trabalhista sem que o Senado possa alterar uma linha é demais. 

Publicidade

O senador afirma ainda que deixou a liderança do PMDB ciente de que fez críticas e sugestões ao governo mas que, em sua opinião, mais ajuda o governante quem faz críticas do que elogios.

— Convencido de que o problema para o governo sou eu, me afasto da liderança. Vou exercer minha função com total independência. 

Publicidade

Após discurso de Renan Calheiros no Senado, o presidente Eunício Oliveira (PMDB-CE) encerrou a sessão, convocando sessão extraordinária para às 19h30. A intenção é esperar o fim da votação da reforma trabalhista (PLC 38/2017) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

O nome preferido de Renan para substituí-lo na liderança do partido é o de Jader Barbalho (PMDB-PA), considerado um aliado, mas que não se posiciona contra Temer por ser pai do ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho.

Publicidade

A saída do comando da bancada se dá após o peemedebista discutir asperamente com o líder do governo na Casa, senador Romero Jucá (RR), na sessão plenária de terça-feira (27). Na ocasião, Renan insinuou que poderia trocar integrantes do partido na CCJ para barrar a reforma trabalhista.

— Temer não tem confiança da sociedade para fazer essa reforma trabalhista na calada da noite, atropeladamente. Num momento em que o Ministério Público, certo ou errado, apresenta uma denúncia contra o presidente, não há como fazer uma reforma que pune a população.

Após o discurso agressivo de Renan contra o governo, Jucá reagiu em defesa do presidente e ameaçou retirar o colega da liderança do partido. Ainda ontem, o líder do governo começou a recolher assinaturas para destituir Renan do cargo. Segundo Jucá, 17 dos 22 senadores apoiam a reforma trabalhista.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.