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Rio 2016 quer neutralizar totalmente emissões de carbono da Olimpíada

Brasil|

Por Felipe Pontes

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Olimpíada Rio 2016 assumiu meta de neutralizar totalmente as emissões de gases causadores do efeito estufa dos Jogos Olímpicos do Rio 2016, equivalentes a 3,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono, número divulgado nesta quinta-feira pelo Comitê Organizador Local (COL).

O cálculo das emissões totais foi considerado generoso por especialistas que trabalharam em parceria com o COL na contabilização das emissões, devido à metodologia ampla, englobando desde fatores diretamente ligados aos Jogos, como a operação do parque olímpico, a fatores indiretos, como a construção da infraestrutura de mobilidade urbana motivada pela Olimpíada.

“A gente olhou para nossas operações, para a construção de instalações, para a infraestrutura da cidade e (o impacto dos) espectadores”, disse Tânia Braga, gerente de sustentabilidade do COL, durante apresentação na sede do comitê, no Rio de Janeiro.

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Do total de emissões, 724 mil toneladas de CO2 são consideradas emissões próprias dos Jogos, isto é, decorrentes de atividades financiadas e realizadas diretamente pelo COL, que pretende reduzir em torno de 18 por cento dessa pegada de carbono direta por meio do uso racional de energia, por exemplo.

"A gente fez um estudo que a gente chama de cenário alternativo. Olhamos para todas as nossas operações para entender o que poderíamos substituir em termos de combustível e de materiais, por exemplo", disse Tânia, que evitou responder perguntas a respeito do impacto de tais medidas sobre os custos dos jogos.

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O orçamento do COL, que engloba as atividades operacionais do comitê e da Olimpíada, foi divulgado em janeiro como sendo de 7 bilhões de reais e não conta com recursos públicos.

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MITIGAÇÃO

Das 3,6 milhões de toneladas de CO2 totais estimadas --entre operações, construções e movimentação de espectadores--, o COL pretende mitigar 2 milhões de toneladas por meio de uma parceria com a companhia química Dow, que até 2025 prevê implementar projetos de redução de emissões de gases estufa junto a seus próprios clientes dos setores industrial, agropecuário e de infraestrutura.

"A ideia é que nossos clientes nesses setores implementem em primeira mão nossas soluções para redução de emissões, que serão então contabilizadas no cálculo da Olimpíada", disse Júlio Natalense, gerente de tecnologia e sustentabilidade de operações olímpicas da Dow. Não foram divulgados detalhes sobre valores envolvidos no acordo do COL com a empresa.

Os 1,6 milhão de CO2 restantes ficam sob a alçada da administração pública, que, segundo o COL, pretende compensar essas emissões por meio do plantio de árvores e recuperação de áreas degradadas de Mata Atlântica.

Atualmente, a Prefeitura do Rio de Janeiro passa por um impasse relacionado à construção do campo olímpico de golfe, cujas obras estão paralisadas pela Justiça até a resolução de uma polêmica ambiental resultante de sua construção. O COL não quis comentar o impasse.

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