Senadores ainda não chegaram a um acordo sobre criação de CPI
Pedro França /Agência SenadoGoverno e oposição iniciam nesta quarta-feira mais uma queda de braço em torno da instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras no Senado.
A Secretaria-Geral da Mesa do Senado convocou para esta quarta-feira (14), às 11h30, a primeira reunião da CPI, mas parte da oposição petrende obstruir os trabalhos.
Governistas preferem que a investigação fique restrita ao Senado e por isso faz pressão para que a comissão da Casa inicie os trabalhos antes da CPI mista (que ficaria esvaziada). A oposição prefere a CPI mista.
Nas últimas semanas, as duas comissões (uma exclusiva do Senado e outra mista) foram aprovadas.
Como forma de adiar o início dos trabalhos exclusivamente no Senado, os oposicionistas postergavam as indicações de nomes para compor a comissão. Na terça-feira, porém, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), indicou de maneira compulsória os integrantes dos partidos de oposição (PSDB e DEM), o que tornou possível a convocação da primeira reunião.
Quando um bloco não aponta seus representantes, o presidente da Casa tem a prerrogativa de indicar os nomes. Renan indicou os senadores Cyro Miranda (PSDB-GO), Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Wilder Morais (DEM-GO) como titulares, além de Jayme Campos (DEM-MT) e Vicentinho Alves (SDD-TO) como suplentes.
Lúcia Vânia e Wilder Morais já recusaram a indicação.
Em entrevista, o líder do DEM, senador José Agripino (RN), confirmou que seu partido vai tentar obstruir a instalação da CPI da Petrobras no Senado, prevista para esta quarta (14). Já o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) defendeu que seu partido integre a comissão, mesmo sendo contra a CPI formada só por senadores.