Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Sob pressão do Ocidente, presidente da Ucrânia promete novo governo em breve

Brasil|

Por Richard Balmforth

KIEV (Reuters) - A Ucrânia dará os primeiros passos nesta semana para formar um novo governo, disse o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, nesta segunda-feira, buscando apaziguar os temores de seus aliados ocidentais de que a demora esteja atrasando reformas e pondo em risco a assistência do Ocidente.

Os Estados Unidos e outros governos ocidentais estão criticando a lentidão de Kiev para criar um novo gabinete desde as eleições de outubro – e existem suspeitas de que a demora se deve a diferenças entre Poroshenko e o primeiro-ministro, Arseny Yatseniuk, a respeito do controle de ministérios importantes.

“Esperamos que o processo (de formação de um governo) comece nesta semana”, afirmou Poroshenko em uma coletiva de imprensa com a presidente da Lituânia, Dalia Grybauskaite, que visita a Ucrânia, aparentemente se referindo à primeira sessão do novo Parlamento, na terça-feira.

Publicidade

Separadamente, Poroshenko também anunciou que a Lituânia irá fornecer alguma ajuda militar à Ucrânia para ajudar Kiev em sua luta contra os separatistas pró-Rússia no leste do país.

“Concordamos com o suprimento de elementos concretos de armamentos para as Forças Armadas ucranianas. Isso é ajuda de verdade”, afirmou Poroshenko, ao lado de Grybauskaite.

Publicidade

Mas não ficou claro se a Lituânia está seguindo o exemplo dos EUA, que também faz parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e está provendo equipamento militar não letal, ou se irá oferecer armamentos – algo que os países da Otan até agora relutaram em fazer por receio de que armar um não membro da aliança leve a um conflito com a Rússia.

A Ucrânia tem pressionado os membros da Otan a fornecer armas para ajudá-la a se defender dos ataques dos rebeldes, bem armados e apoiados por Moscou e que, antes da entrada em vigor de um cessar-fogo, infligiram baixas pesadas às forças do governo na tentativa de se apoderar de partes do leste ucraniano.

Publicidade

Apesar da trégua, mais três soldados ucranianos foram mortos de domingo para segunda-feira, declararam os militares de Kiev.

A capital afirma que mais de 150 soldados do governo morreram desde que o cessar-fogo teve início, em 5 de setembro. A Organização das Nações Unidas (ONU) diz que mais de 4.300 pessoas já foram mortas no conflito.

Indagado se a Ucrânia irá buscar se juntar à Otan, Poroshenko acenou com a perspectiva de um referendo daqui a vários anos, mas afirmou que as tentativas de fazê-lo agora causariam “mais mal do que bem”.

Eleito em maio, Poroshenko não ofereceu nenhuma explicação para o atraso na formação do gabinete, que pode vir à tona no início da semana que vem.

Mas analistas afirmam que o presidente quer seu candidato no posto crucial de ministério do Interior – embora caiba ao premiê nomeá-lo.

Com o país em guerra, isso daria a Poroshenko, e não a Yatseniuk, o controle sobre um cargo que comanda a Guarda Nacional e os batalhões de voluntários que lutam ao lado das forças governamentais contra os separatistas.

(Reportagem adicional de Pavel Polityuk)

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.