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STF começa a decidir se deputados condenados vão perder o mandato

Ministros também podem suspender direitos políticos de culpados

Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília

Juízes do Supremo devem definir se parlamentar condenado perde mandato
Juízes do Supremo devem definir se parlamentar condenado perde mandato Juízes do Supremo devem definir se parlamentar condenado perde mandato

Mesmo conhecendo as penas dos crimes pelos quais foram julgados culpados, os três deputados condenados no processo do mensalão ainda não sabem qual será o futuro político deles na Câmara. Isso porque os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) precisam definir se a perda de mandato dos parlamentares que estão em exercício será imediata.

Como a questão é controversa, deve levantar debates longos entre os ministros. Nesta quarta-feira (5), o plenário deve iniciar a discussão, que vai girar em torno da cassação do mandato ou suspensão temporária dos direitos políticos dos parlamentares.

Se ficar definida a cassação, o STF também precisa deliberar se a perda do mandato será automática. No Supremo, há quem defenda que a decisão do STF é soberana e deve ser respeitada. O ministro Marco Aurélio Mello entende que se a Corte definir que os deputados devem perder o mandato, a Câmara deve se submeter à decisão.

— A partir do momento que sai um posicionamento do Supremo, essa decisão não fica sujeita a uma deliberação política. Quem julga é o Supremo e não a Câmara dos Deputados.

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No entanto, a Câmara dos Deputados tem um entendimento diferente, que revela uma divergência entre Legislativo e Judiciário. O presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS), voltou afirmar que é o plenário da Câmara que deve julgar sobre cassação de mandatos parlamentares.

—Na minha avaliação, a Constituição é muito clara quando determina que em julgamentos criminais de parlamentares a decisão final sobre isso é da Câmara dos Deputados ou do Senado, de acordo com o caso. Mas nós vamos discutir se houver uma decisão contrária do STF a esse preceito constitucional.

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Uma solução em tese menos controversa seria a suspensão temporária dos direitos políticos, como a que ficou definida para o ex-deputado José Borba, atual prefeito de Jandaia do Sul (PR). Com isso o réu fica impedido de assumir qualquer atividade, função ou cargo púbico pelo o tempo da condenação.

Ainda assim, os ministros precisam definir a partir de quando a suspensão passa a valer.

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Deputados condenados

O deputado João Paulo Cunha (PT-SP) foi o último condenado a ter a pena definida, na 49ª sessão do julgamento, realizada na última quarta-feira (28). Ele pegou nove anos e quatro meses de prisão e é o único parlamentar em exercício que deve ir para cadeia, porque precisa cumprir a pena em regime fechado.

Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT) foram condenados a menos de oitos anos de prisão e, por isso, devem cumprir a pena em regime semiaberto. Mas, devem perder o cargo parlamentar.

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