Por unanimidade, o plenário do TCU (Tribunal de Contas da União) decidiu seguir a opinião do ministro relator José Jorge sobre supostas irregularidades na aquisição da refinaria de Pasadena pela Petrobras.
A decisão exclui, inicialmente, os conselheiros da Petrobras que na época deram aval ao negócio — entre eles, a presidente Dilma Rousseff.
O processo será convertido em uma tomada de contas especial (TCE), que pode alterar valores, retirar dirigentes da estatal citados ou até incluir novos nomes.
O final da sessão teve um pedido de vista feito pelo ministro Benjamin Zymler, retirado posteriormente após voto antecipado dos demais ministros.
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Durante as discussões, o ministro André de Carvalho chegou a dizer que seria favorável à inclusão dos membros do Conselho da Petrobras no novo processo.
Após a decisão, o relator José Jorge disse à imprensa que a decisão foi por "concentrar a responsabilização e possível punição nos membros da diretoria executiva", mas não excluiu a possibilidade de chamar os conselheiros durante o TCE, caso sejam trazidos novos elementos.
— Dependendo do que disserem, isso será realizado — disse, em relação aos depoimentos dos citados.
Jorge afirmou ainda que a previsão é que o relatório sobre o novo processo fique pronto em cerca de 90 dias.