Entidades e empresas doarão máscaras durante pleitos
Elza Fiúza / Agência BrasilO Tribunal Superior Eleitoral fechou uma parceria na quarta-feira (8) com empresários para a doação de máscaras de proteção contra o novo coronavírus durante a eleição. Em razão da pandemia, o primeiro turno do pleito foi adiado para 15 de novembro e segundo turno ocorrerá no dia 29 de novembro.
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O presidente do TSE, o ministro Luís Roberto Barroso, se reuniu com empresários para discutir a doação dos itens de segurança e saúde para mesários e eleiores nas disputas municipais. Segundo Barroso, em meio à crise fiscal que o país atravessa, não seria possível contar com os cofres públicos para a aquisição dos itens.
Diante disso, representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e da Ambev se comprometeram a doar materiais e equipamentos.
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Nesse momento, estão sendo feitos cálculos para avaliar as quantidades necessárias para o atendimento de todos os municípios do Brasil. A logística que deverá ser articulada para entregar os materiais também é complexa e precisará ser articulada com os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).
Além do ministro Barroso, participaram da reunião o presidente da Febraban, Isaac Sidney, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf e o CEO da Ambev, Jean Jereissati. Durante a conversa, as entidades e a empresa afirmaram ter disponibilidade para doação de máscaras e álcool em gel ou líquido, e para auxiliar na distribuição. O Tribunal precisará também da doações de materiais como lixeiras, sacos de lixo e marcadores de chão.
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“Foi reconfortante ver o espírito público e o comprometimento cívico dessas entidades e empresas. E temos notícia de que mais empresários desejam participar. A pandemia é um desastre humanitário, mas produziu uma onda de solidariedade e de filantropia”, disse Barroso.
Embora o TSE seja o responsável por exercer a supervisão geral dos procedimentos, doações e eventuais recursos serão geridos pelos parceiros privados. Os materiais e os equipamentos serão distribuídos diretamente aos Tribunais Regionais Eleitorais nos estados ou às próprias seções eleitorais.
O órgão defendeu o adiamento das eleições, depois confirmado pelo Congresso, por recomendações médicas e sanitárias de que postergar a votação em algumas semanas poderia proporcionar uma votação mais segura.