O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Roberto Barroso, convidou os membros da comissão da Câmara dos Deputados que debate implantação do voto impresso para conhecerem o sistema eletrônico de votação presente no Brasil desde 1996.
De acordo com Barroso, a visita dos parlamentares está marcada para acontecer na próxima segunda-feira (21), às 15h. "Temos tentado mostrar que o sistema eletrônico de votação brasileiro é seguro, transparente e auditável”, disse o ministro.
A visita técnica a diversas áreas da Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE atende a requerimento dos parlamentares.“Teremos uma apresentação dos diferentes mecanismos de auditoria. Eles conhecerão as dependências do Tribunal, vão conhecer os computadores e a sala-cofre, tudo dentro da mais absoluta transparência com a qual o TSE trabalha”, destacou Barroso.
Barroso reforça ainda que a Justiça Eleitoral busca demonstrar que na democracia nenhum tema é tabu e o debate a respeito do voto impresso ocorre no lugar correto, que é o Congresso Nacional.
Barroso tem reforçado de que a adoção do voto impresso seria um "retrocesso" ao sistema de votação brasileiro. Durante sua participação na Live JR, ele afirmou que "voltar ao voto impresso é como cancelar a assinatura da Netflix, comprar um vídeocassete e subsidiar locadoras para voltarem a alugar fitas".
A proposta em análise na Câmara dos Deputados é de que uma cédula seja impressa após a votação eletrônica, para que o eleitor possa conferir o voto antes que seja depositado, de forma automática e sem contato manual, em uma urna trancada para auditoria.
O Brasil utiliza urnas eletrônicas desde 1996 e nenhuma fraude foi comprovada pelo Ministério Público ou pela Polícia Federal. Circulam diversos boatos na internet que duvidam da eficiência do uso desses equipamentos. O R7 entrevistou o secretário de Tecnologia do TSE, Giuseppe Janin, para desmistificar o uso da tecnologia no sistema eleitoral brasileiro