Neder ainda escreveu que iria gravar um vídeo de desculpas
Reprodução FacebookUm vídeo com um pouco mais de dois minutos de duração foi publicado em uma rede social neste final de semana provocando revolta e uma onda de compartilhamentos e comentários.
As imagens mostram o momento em que o empresário Luiz Felipe Neder Silva, de 34 anos, dá um tapa no rosto e chuta violentamente o rosto da vigia Edvania Nayara, 23 anos, quando ela está caída no chão, sem nenhuma chance de defesa.
De acordo com as informações que circularam na internet juntamente com o vídeo, Neder é casado com uma delegada de polícia e teria agredido a mulher dentro de clube particular na cidade de Três Corações, no interior de Minas Gerais. O crime aconteceu neste sábado (17).
Edvania trabalha como vigia no clube e estava tentado ajudar a mulher do agressor quando também apanhou do empresário. No áudio do vídeo é possível notar que a vigia não agiu de forma violenta ou intimidadora ao abordar o empresário em uma das ruas internas do clube.
Em uma postagem no Facebook, após a agressão, Edvania criticou os internautas que defenderam o empresário. "Apenas estava fazendo a minha obrigação. Para as muitas pessoas que estão defendendo ele, eu tenho a dizer o seguinte: 'E se fosse você, sua filha ou uma parente? Ele seria o coitadinho como muita gente está dizendo'. Fui vítima de um vagabundo que bateu na mulher dele". Ela ainda pediu aos amigos que compatilhassem o vídeo para "que a Justiça seja feita".
O agressor Neder também usou a rede social para tentar se defender. "Peço mil desculpas a todos que estão vendo este vídeo. Sei que fui covarde e bati em uma mulher". Ele também escreveu sobre sua índole "Não sou uma pessoa má" e o temor pela consequência dos seus atos "espero não ser preso e estou de cabeça erguida".
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), divulgou nota em repúdio ao episódio. Na nota, o governador presta solidariedade à vigilante. "Edvania jovem agredida violentamente por um covarde em Três Corações. Como Edvania, que cumpria bravamente seu papel como agente de segurança, cerca de 130 mil mulheres em Minas Gerais sofrem com a violência de gênero. Temos de colocar fim a essa triste, lamentável e doída estatística."
Pimentel dá ainda orientação a quem sofre esse tipo de agressão. "Procure uma delegacia da mulher ou denuncie, de forma anônima, pelo Disque 100. Isso vale também para os homens - a violência contra a mulher é um problema nosso - que tenham conhecimento de casos como o que vimos em Três Corações. Não seja conivente", diz o fim do comunicado.