Estudante picado por Naja deixa delegacia em Brasília
Daniela Matos / Record TVUm vídeo mostra o estudante de veterinária, Pedro Henrique Krambeck, de 22 anos, picado por uma naja, e preso nesta quarta-feira (29) no Distrito Federal, deixando uma delegacia de Brasília a caminho do IML (Instituto Médico Legal).
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Nas imagens, Pedro Krambeck é conduzido por policiais até o veículo no qual será levado ao IML. Questionado, o estudante não responde como tinha acesso aos animais, qual o objetivo de ficar com os bichos e não confirmou a denúncia de tráfico de animais.
Policiais civis do 14º DP, com o apoio de equipe do IML (Instituto Médico Legal), deflagraram a quarta fase da “Operação Snake” e prenderam o jovem em cumprimento a um mandado de prisão temporária expedido pela 1ª Vara Criminal do Gama.
Ele é suspeito de integrar um esquema criminoso voltado à prática de crimes ambientais. Foi assim que, ao manusear a cobra exótica da espécie naja kaouthia, acabou sendo ferido pelo animal.
O universitário já foi multado em R$ 61 mil pelo Ibama (Instituto Nacional do Meio Ambiente), por maus-tratos e por manter serpentes nativas e exóticas em cativeiro sem autorização. A mãe e o padrasto dele também foram multados em R$ 8,5 mil cada por terem dificultado a ação de resgate.
Um amigo de Pedro Henrique terá de pagar multa de R$ 81,3 mil por dificultar a ação do instituto, por manter animais nativos em locais inapropriados e sem autorização, além de maus-tratos.
O mandado de prisão foi cumprido na residência do jovem, na região administrativa do Guará. Um perito médico-legista acompanhou a diligência para verificar as condições de saúde do suspeito, uma vez que ele podia estar com a saúde fragilizada porque recebeu alta da UTI há poucos dias. Ele estava em tratamento por causa do veneno da naja.
A prisão temporária, com prazo inicial de 5 dias, foi decretada após representação da autoridade policial. Segundo a investigação, foram constatados indícios de que o suspeito, juntamente com outros investigados, participaria de uma associação criminosa, responsável pela destruição das provas relacionadas aos crimes ambientais.