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3,7 milhões de crianças devem ser vacinadas em janeiro, diz Saúde

Governo federal encomendou 20 milhões de doses de vacinas para atender o público infantil, que chegarão ao país até março

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

Imunizante da Pfizer será aplicado no público infantil
Imunizante da Pfizer será aplicado no público infantil Imunizante da Pfizer será aplicado no público infantil

O Ministério da Saúde informou, nesta quarta-feira (5), que 3,7 milhões de crianças devem ser vacinadas contra a Covid-19 em janeiro. Segundo a pasta, mais de 20 milhões de doses da vacina da Pfizer — aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para ser aplicada em crianças — foram adquiridas e devem estar à disposição até o fim do primeiro trimestre do ano. Em coletiva à imprensa nesta tarde, Queiroga anunciou a liberação da vacinação contra a Covid-19 para o público infantil. Ao contrário do que vinha sendo anunciado por ele, a pasta decidiu descartar a exigência de prescrição médica para que cada criança seja imunizada, conforme antecipado pelo R7.

Os 3,7 milhões de doses que devem ser utilizadas em janeiro chegarão ao Brasil em três remessas, cada uma delas com 1,248 milhão de doses. Segundo a previsão do Ministério da Saúde, as vacinas serão entregues pela Pfizer nos dias 13, 20 e 27.

"Em nome do Ministério da Saúde, quero me dirigir aos pais e mães dessa grande nação para dizer-lhes que [para] todos aqueles que quiserem vacinar seus filhos o Ministério da Saúde vai garantir doses da vacina. E o ministério cuidará para que as normas que foram sugeridas ou recomendadas pela Anvisa sejam seguidas", afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

O recuo do ministério em relação à obrigatoriedade da prescrição médica tem relação com os resultados da consulta pública sobre a vacinação de crianças feita no site da pasta entre os dias 23 de dezembro e 2 de janeiro. A maioria das 99.309 pessoas que participaram do questionário foi contra a exigência da prescrição.

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Agora, a receita médica para que crianças se vacinem contra a Covid-19 será tratada como uma recomendação. Segundo a Saúde, no caso de crianças com comorbidades ou deficiências permanentes, será necessária uma autorização dos pais ou responsáveis para a aplicação dos imunizantes. No caso de presença dos pais no ato da vacinação, haverá dispensa do termo por escrito.

Lista de prioridades

Segundo o Ministério da Saúde, as crianças serão vacinadas de acordo com uma lista de prioridades. Crianças com deficiência permanente ou com comorbidades serão atendidas primeiro, seguidas por aquelas que vivam com pessoas com alto risco para evolução grave de Covid-19.

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Após essas duas etapas, o ministério vai liberar a vacinação para crianças sem comorbidades, que será feita em quatro fases, de acordo com a seguinte ordem: crianças entre 10 e 11 anos, crianças entre 8 e 9 anos, crianças entre 6 e 7 anos e, por fim, crianças com 5 anos.

A vacinação em crianças será administrada em duas doses de 10 microgramas com oito semanas de intervalo entre cada uma. Trata-se de um terço da dose administrada a adolescentes e a adultos.

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Quando a Anvisa aprovou o uso da vacina da Pfizer em crianças, a recomendação foi que o intervalo entre as duas doses fosse de três semanas. Segundo a secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo, esse período foi ampliado para possibilitar uma maior produção de anticorpos neutralizantes.

"Estudos em adultos demonstraram que em um intervalo maior que três semanas há maior produção de anticorpos neutralizantes. Temos um benefício maior. E, se não estamos em um cenário em que haja necessidade premente de completar o esquema primário, é melhor que esse intervalo se amplie e não seja de 21 dias. Isso serve tanto para adultos como para crianças", explicou.

Além disso, a secretária destacou que a ampliação serve para evitar reações adversas nas crianças, como algum problema no coração. "As crianças têm um risco de miocardite. É um risco raro, mas nós queremos que esses riscos nessas nossas crianças sejam o menor possível, queremos minimizá-lo ao máximo. E os trabalhos demonstram que, se a gente ampliar esse espaço de tempo, se for acima de 21 dias até oito semanas, dá maior proteção para evitar esse efeito adverso."

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