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Alunos de medicina da UnB fazem paralisação por aulas presenciais

Semestre letivo foi retomado nessa segunda (17), mas faculdade decidiu suspender atividades presenciais por duas semanas

Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília

Estudantes reclamam que turmas estão atravessando o ciclo clínico sem aulas práticas
Estudantes reclamam que turmas estão atravessando o ciclo clínico sem aulas práticas Estudantes reclamam que turmas estão atravessando o ciclo clínico sem aulas práticas

Estudantes da Faculdade de Medicina da UnB (Universidade de Brasília) marcaram uma paralisação para esta quarta-feira (19) no intuito de cobrar da unidade acadêmica a retomada de atividades presenciais do curso. O semestre letivo começou nessa segunda-feira, mas a direção do curso decidiu adiar a volta das aulas no local por mais duas semanas.

"Essa decisão gerou grande mobilização, sentimento de frustração, incerteza e descontentamento", diz a carta de reivindicações assinada pelo Centro Acadêmico do curso. O documento foi entregue à direção da faculdade. "Diversos outros cursos da saúde da UnB manterão as suas atividades práticas, o que nos deixa com profunda insatisfação".

Os alunos estão concentrados em frente à faculdade e pretendem caminhar até o HUB (Hospital Universitário) às 10h30. Parte do fluxo na L2 Norte deve ser interrompido durante o ato. Além disso, ao longo da manhã e à tarde, eles não vão participar das atividades remotas. O grupo reclama que turmas tiveram apenas aulas à distância e estão atravessando o ciclo clínico sem ter aulas práticas.

Retomada presencial

Em novembro do ano passado, a UnB decidiu avançar para a segunda etapa do plano de retomada de atividades. Com isso, 15% das turmas ofertadas teriam atividades presenciais ao longo do semestre. A prioridade seria para aulas práticas, avaliações e turmas de prováveis formandos. No entanto, as faculdades têm autonomia para decidir sobre o retorno.

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No caso da Medicina, os gestores vão se reunir semanalmente para avaliar o cenário da pandemia. Para a tarde desta quarta, está prevista uma reunião da faculdade para analisar se já é possível a retomada presencial. "A medicina não pode se fazer atrás de um computador e até o momento não temos noção do quanto nós estudantes estamos sendo prejudicados e de qual será o impacto dessa perda de atividades práticas no futuro e na assistência aos nossos pacientes", diz trecho da carta.

Calendário acadêmico

A previsão é que o calendário acadêmico seja normalizado em 2023, após a interrupção durante a crise sanitária. Enquanto isso, agora, em 2022, foi iniciado ainda o 2º/2021. "Diversos alunos já entraram no internato sem reposição de aulas práticas perdidas e nem mesmo foi feito um plano de reposição por parte da FM", descreve a carta.

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"Duas das principais pautas (do movimento) são a falta de atividades práticas para o curso no ciclo clínico e no básico. A outra é em relação ao cronograma do internato, que é o estágio obrigatório. Como nunca parou nem foi regularizado, muitos estudantes mais a frente do curso têm incertezas sobre quando vão voltar e os mais novos sobre quando vão entrar", explica César Lima, presindente do CA.

Vacinação

Nas áreas comuns, os estudantes, funcionários e professores têm de apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19, o que vale para o Restaurante Universitário e a Biblioteca Central. De acordo com a UnB, cerca de 92% da comunidade acadêmica completou o esquema vacinal. Na carta, o CA de Medicina ressalta que o contexto da pandemia mudou em relação ao do começo da crise. "O quadro vacinal da maioria dos estudantes está completo, inclusive com dose de reforço, o que minimiza as chances de agravamento caso adquiram a infecção".

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